Finalmente as agências de publicidade e relações públicas começam a ser expostas pelo greenwashing de seus (lucrativos) clientes fósseis. De acordo com a Reuters, mais de 450 cientistas subscreveram carta enviada às principais empresas globais do setor, incluindo gigantes como WPP, Edelman e IPG. O texto pede que elas abandonem seus clientes de combustíveis fósseis e parem de disseminar desinformação sobre as mudanças climáticas. A notícia repercutiu na Fast Company, AdAge, Washington Post e Common Dreams.
“Como cientistas que estudam e comunicam as realidades das mudanças climáticas, enfrentamos consistentemente um grande e desnecessário desafio: superar os esforços de publicidade e relações públicas de empresas de combustíveis fósseis que procuram ofuscar ou minimizar nossos dados e os riscos representados pela crise climática”, escreveram os cientistas.
A carta também foi enviada aos CEOs dos clientes com metas de sustentabilidade, incluindo Unilever, Amazon e Microsoft.
Há uma semana, o Valor descreveu o trabalho da Clean Creatives, a qual apoiou a ação dos cientistas. Vale a pena conferir a matéria.
Em tempo: Mark Zuckerberg segue impávido no apoio velado ao negacionismo climático. A omissão do criador e dono das maiores redes sociais do planeta gerou críticas entre os próprios colaboradores. As críticas integram os Facebook Papers entregues ao Congresso norteamericano por uma ex-funcionária da empresa. A Publica mergulhou no tema e traz os detalhes.
ClimaInfo, 20 de janeiro de 2022.
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