Kerry avisa que planos para reduzir emissões de metano são insuficientes

Kerry metano

Está patinando o compromisso anunciado em Glasgow pela redução em 30% as emissões de metano até 2030. Quem disse isso foi John Kerry, o supersecretário climático do governo Biden, na 5ª feira passada (27/1) na reunião virtual do Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima (MEF – Major Economies Forum). Estavam presentes os maiores emissores do mundo e os maiores produtores de fósseis: China, Índia, Indonésia, Japão, Rússia e Arábia Saudita.

Kerry ressaltou na reunião a importância do aumento das ambições climáticas por estes países neste ano, especialmente aqueles cujas metas climáticas não estejam alinhadas com os objetivos do Acordo de Paris.

O Financial Times notou que, apesar da lição de moral dada por Kerry, os EUA não pretendem melhorar suas próprias metas tão cedo. AP, Bloomberg e New York Times também comentaram o encontro.

Uma outra matéria, esta da AP, cita o ministro italiano Roberto Cingolani dizendo: “Paradoxalmente, não acho que seja um problema de dinheiro”, acrescentando que o problema é político.

No Nexo de duas semanas atrás, Roberto Schaeffer e Eduardo Casseres, explicaram o compromisso do metano e o que ele envolve. As maiores fontes de metano são os vazamentos da exploração e transporte de petróleo e gás natural e as emissões da digestão de ruminantes.

Em uma matéria do Financial Times no ano passado, Fatih Birol, o diretor executivo da Agência Internacional de Energia (IEA), havia dito que esses vazamentos eram facilmente evitados.

 

ClimaInfo, 31 de janeiro de 2022.

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