Os níveis de poluição atmosférica ao redor do mundo estão em patamares preocupantes. A conclusão é do novo relatório mundial sobre qualidade do ar da IQAir, lançado nesta 3ª feira (22/3). De acordo com a análise, apenas 3% das cidades do mundo apresentaram índices de concentração de material particulado PM2.5 compatíveis com o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como seguros para o ser humano. Nenhum país conseguiu registrar índices nacionais de qualidade de ar nesse parâmetro. O relatório analisou medições de poluição atmosférica com PM2.5 de estações de monitoramento em 6.475 cidades em 117 países, regiões e territórios do globo.
O recorte regional desses indicadores é ainda mais preocupante. Na América Latina, apenas 12 (7%) das 174 cidades analisadas registraram índices de qualidade do ar compatíveis com as diretrizes da OMS. Na África, apenas uma (1,5%) das 65 cidades analisadas teve sua qualidade do ar classificada como boa. Já na Ásia, somente quatro (0,2%) das 1.887 cidades analisadas atenderam às diretrizes da OMS para poluição do ar. Os cinco países mais poluídos do mundo em 2021 foram Bangladesh, Chade, Paquistão, Tajiquistão e Índia. Entre as capitais, Nova Déli foi pelo 4º ano seguido a mais poluída do mundo, seguida por Dhaka (Bangladesh), N’Djamena (Chade), Dushanbe (Tajiquistão) e Mascate (Omã).
“É um fato chocante que nenhuma grande cidade ou país esteja fornecendo ar seguro e saudável aos seus cidadãos de acordo com as últimas diretrizes de qualidade do ar da Organização Mundial da Saúde”, disse Frank Hammes, CEO da IQAir. “Este relatório ressalta o quanto ainda há trabalho a ser feito para garantir que todos tenham ar seguro, limpo e saudável para respirar”.
Bloomberg e Reuters repercutiram esses dados. No Brasil, a Folha deu essa notícia.
ClimaInfo, 23 de março de 2022.
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