ONU cria painel para examinar compromissos climáticos de empresas

ONU compromissos climáticos
AP Photo/Robert Bumsted

O secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou nesta 5ª feira (31/3) a criação de um painel de especialistas para examinar se os esforços e compromissos de empresas para conter a mudança do clima são críveis ou não passam de greenwashing. O grupo será comandado pela ex-ministra do meio ambiente do Canadá, Catherine McKenna, e contará também com a participação do cientista climático australiano, Bill Hale, do especialista em finanças sustentáveis da África do Sul, Malango Mughogho, e do ex-chefe do Banco Popular da China, Zhou Xiaochuan.

“Para evitar uma catástrofe climática, precisamos de promessas ousadas, mas acompanhadas por ações concretas e mensuráveis. Padrões mais rígidos de net-zero e responsabilidade reforçada em torno da implementação desses compromissos podem proporcionar cortes de emissões reais e imediatos”, defendeu Guterres. De acordo com a ONU, o painel terá como missão definir até o final deste ano um conjunto de propostas que contemplem padrões e definições para metas net-zero, critérios de credibilidade para avaliação e mensuração desses compromissos, processos para verificar o progresso deles, e um roteiro para traduzir padrões e critérios em regulamentos nacionais e internacionais.  Associated Press, Climate Home e Reuters repercutiram.

Em tempo: Ainda sobre critérios e regras sobre compromissos climáticos, o International Sustainability Standards Board (ISSB) abriu para consulta pública os primeiros dois pacotes de padronização para relato corporativo relacionado à sustentabilidade para os mercados de capitais. O primeiro deles estabelece os requisitos gerais de divulgação de sustentabilidade, e o outro especifica os requisitos de informações relativas ao clima. As propostas baseiam-se nas recomendações da Força-Tarefa sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD) e incorporam os requisitos de divulgação baseados na indústria derivados dos Padrões SASB. A consulta pública está aberta até 29 de julho. Reuters e Wall Street Journal deram essa notícia.

 

ClimaInfo, 01 de abril de 2022.

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