Energia renovável: geração solar mundial atinge capacidade instalada de 1 TW

geração solar mundial

A capacidade instalada para geração solar em todo o mundo atingiu a marca de 1 TW neste mês, mais um sinal de como as fontes renováveis estão ganhando espaço e destaque no setor, impulsionadas por investimentos crescentes de governos e empresas. O dado é do Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026, e foi divulgado nesta semana pela Solar Power Europe, que fez um balanço das transformações da geração solar nos últimos cinco anos e apresentou projeções para o setor até 2026.

Como Daniela Chiaretti apontou no Valor, o crescimento recente da tecnologia solar é notável. O mundo demorou 16 anos, de 2002 a 2016, para chegar aos 500 GW de capacidade instalada; cinco anos depois, essa capacidade dobrou, sendo que, apenas em 2021, foram instalados mais de 200 GW de energia solar ao redor do mundo.

Um dos destaques do relatório é a América Latina, onde a geração solar experimentou um salto de 44% no ano passado, puxada principalmente por Brasil e Chile. O Brasil deve chegar a 54 GW de capacidade solar instalada nos próximos cinco anos, mais de três vezes o total atual (15,3 GW).

Ainda sobre energia solar, o governo da China anunciou nesta 2a feira (23/5) que os investimentos em projetos de geração fotovoltaica triplicaram nos quatro primeiros meses de 2022. Dados citados pela Bloomberg apontam que os chineses aplicaram cerca de US$ 4,3 bilhões de janeiro a abril em novos projetos solares, valor cerca de 204% maior do que aquele observado no mesmo período no ano passado.

Em tempo: Um estudo inédito da CDP América Latina, feito em parceria com a COPPE/UFRJ, estimou o volume necessário de gases de efeito estufa que precisam ser cortados pelo Brasil nesta década. Segundo a análise, o país precisa reduzir suas emissões em 21 bilhões de toneladas de CO2 equivalente, um montante que representa dez vezes o total emitido pelo país em 2020 ou duas vezes as emissões chinesas daquele mesmo ano. Para que isso aconteça, além da contenção do desmatamento, o Brasil precisará avançar na descarbonização do setor energético, com as fontes renováveis representando pelo menos ¾ da matriz até 2030. O Estadão destacou os principais pontos da pesquisa.

 

ClimaInfo, 24 de maio de 2022.

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