Clima em Davos: o que políticos e empresários estão dizendo sobre ação climática

Davos 2022 ação climática
REUTERS/Ueslei Marcelino

A agenda do Fórum Econômico Mundial, que acontece em Davos (Suíça) nesta semana, está bastante carregada – reflexo de um mundo perdido numa espiral que mistura pandemia, inflação, guerra, tensões políticas e ameaças econômicas globais. Ainda assim – e ainda bem – a questão climática segue tendo um espaço importante nas discussões entre líderes políticos e empresariais. Mas de que maneira essa discussão está acontecendo?

A Bloomberg fez um panorama do que tem marcado o debate sobre clima em Davos. Curiosamente, especialmente se considerarmos o que era o Fórum até uma década atrás, o clima parece ser um dos poucos consensos entre os participantes do evento. De maneira geral, todos concordam que o mundo precisa avançar com cortes de emissões de gases de efeito estufa e conter o aquecimento global.

Essa concordância não é fruto de um despertar ambiental dessas personalidades, vale ressaltar: a intensificação de eventos climáticos extremos nos últimos anos deixou evidente que a economia global sofrerá impactos potencialmente desastrosos se a questão climática não for endereçada pelos governos e pelas empresas. Se há clareza sobre a gravidade do problema, o mesmo não se pode dizer sobre os caminhos para resolvê-lo: aqui, a maior parte dos participantes do Fórum continua presa em platitudes inúteis sem encaminhamento algum.

Fora isso, o Fórum foi palco de algumas novidades. O NY Times destacou o lançamento de um “clube global de compradores”, uma coalizão de mais de 50 megaempresas que se comprometeram a comprar alumínio, aço e outras commodities com pegada de carbono mais baixa ou zerada. O grupo foi lançado em evento com a participação de Bill Gates e John Kerry.

Outra novidade, repercutida pela Reuters, é a Comissão Global sobre a Economia da Água, um grupo que reunirá especialistas de todo o mundo para analisar práticas e soluções de gestão da água com foco no apoio aos países em situação de insegurança hídrica. O colegiado será copresidido pelo cientista Johann Rockström, diretor do Instituto de Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático.

 

ClimaInfo, 26 de maio de 2022.

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