Rússia retoma fornecimento de gás à Europa, mas ameaça corte futuro

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reprodução vídeo CNN.com

O gasoduto Nord Stream 1, que transporta gás natural russo para diversos países europeus, retomou parcialmente suas operações nesta 5ª feira (21/7), depois de dez dias de paralisação. Moscou restabeleceu o fluxo de gás para a Europa em 40% da capacidade, sob a justificativa de que as sanções internacionais à Rússia, motivadas pela invasão à Ucrânia, estão prejudicando as operações de fornecimento de gás.

A principal preocupação da UE é de que a Rússia interrompa totalmente o fornecimento até o final do ano, o que pode dificultar a segurança energética do bloco em pleno inverno, período em que a demanda por energia é maior para aquecimento e calefação. Por isso, a ordem é apertar o consumo agora para garantir gás para as necessidades essenciais do período mais frio. CNN, Deutsche Welle, Financial Times, Folha, RFI, Valor, Wall Street Journal e Washington Post repercutiram a notícia.

O corte total no fornecimento motivou a Comissão Europeia a apresentar um plano emergencial para reduzir o consumo de gás e evitar um colapso na oferta. Pela proposta, os países europeus precisarão reduzir em 15% o uso de gás em relação à média observada entre agosto de 2021 e março de 2022.

Alguns governos, como os de Alemanha e França, também apresentaram medidas emergenciais para a redução do consumo e preservação dos estoques atuais de gás do continente europeu. Porém, outros países da UE, como Itália, Portugal, Polônia e Grécia, já manifestaram incômodo com a proposta da Comissão para se reduzir o consumo de gás. O temor desses governos é que esse corte cause ainda mais impacto sobre as economias em um momento delicado no cenário global, com a energia mais cara puxando a inflação para cima. Bloomberg e Reuters deram mais informações.

 

ClimaInfo, 22 de julho de 2022.

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