O verão intenso experimentado pelos europeus no último mês colocou pressão adicional sobre o sistema elétrico continental, já fragilizado pela crise energética global e, mais recentemente, pelos cortes no fornecimento de gás natural da Rússia.
O calor traz dois problemas na equação da energia na Europa: pelo lado da demanda, o uso de equipamentos de refrigeração e ar condicionado aumenta; na oferta, o risco de superaquecimento de equipamentos por causa do calor faz com que algumas usinas de energia operem em condições mais restritivas, com menor geração de energia.
Para evitar um colapso no fornecimento de energia, a Comissão Europeia apresentou nesta 4ª feira (20/7) um plano de racionamento que prevê a diminuição de 15% do consumo de gás natural nos próximos meses. Isso permitiria, por um lado, economizar os estoques atuais de gás para a temporada fria, quando a demanda é ainda maior para o aquecimento; e, por outro, diminuir o impacto de um eventual bloqueio total do fornecimento de gás pela Rússia. As medidas implantadas até agora, no entanto, lograram uma redução de apenas 5% no consumo de gás. CNN Brasil, Deutsche Welle, RFI e Valor, entre outros, repercutiram a proposta.
Na França, o governo de Emmanuel Macron intensificou sua campanha pela economia de energia, com um apelo dramático aos consumidores do país para desligar luzes e equipamentos de wi-fi, além de não utilizar ar-condicionado em temperaturas muito baixas. As autoridades francesas argumentam que a economia é necessária para evitar um colapso no abastecimento durante o inverno, já que Paris considera improvável que a Rússia cumpra suas obrigações contratuais de fornecimento de gás aos países da UE. Bloomberg e O Globo deram mais informações.
ClimaInfo, 21 de julho de 2022.
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