Migrantes ajudam comunidades nos EUA a se adaptar ao clima extremo

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Tamir Kalifa / Reuters

Por anos a fio, os EUA se acostumaram a receber (aos trancos e barrancos, diga-se) levas de imigrantes que escaparam dos impactos de eventos climáticos extremos em países mais pobres do Sul Global.

Para muitos norte-americanos, a experiência desses refugiados climáticos era algo completamente diferente da realidade média da economia mais rica do planeta. No entanto, o clima extremo que jogou milhares de pessoas fronteira acima chegou aos lares norte-americanos.

Na Reuters, David Sherfinski escreveu sobre o trabalho de refugiados para reforçar a resiliência climática das comunidades em que vivem nos EUA, usando em parte a experiência de ter vivido eventos como estiagens, ondas de calor e tempestades em seus países natais.

Em Buffalo, no estado de Nova York, imigrantes asiáticos e africanos introduziram técnicas de agricultura vertical, que suportam melhor os altos níveis de calor, como uma maneira de adaptar a produção agrícola ao calor intenso do verão no nordeste dos EUA. A Folha publicou uma tradução da reportagem.

Mais ao sul, a estiagem que atinge boa parte do norte do México está impactando diretamente milhares de famílias que aguardam os processos das autoridades norte-americanas para entrar no país. Nem metade das cerca de 10 mil pessoas que esperam do lado mexicano da fronteira está instalada em abrigos, com algum conforto mínimo e acesso à água potável. A maior parte vive em tendas, exposta ao calor de mais de 40ºC e sem saneamento básico mínimo. Mais detalhes no Climate Home.

 

ClimaInfo, 22 de agosto de 2022.

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