Depois de Bahia e Pernambuco, a Paraíba também registrou vestígios de óleo em praias do sul do estado. Como nos vizinhos ao sul, o óleo tem características similares àquele coletado em 2019, quando um grande derramamento de origem ainda desconhecida contaminou a maior parte do litoral brasileiro, especialmente no Nordeste.
Por ora, os focos são isolados, sem comparação com o tamanho do desastre de três anos atrás. No entanto, exatamente por ainda não termos clareza do que efetivamente aconteceu naquela época, qualquer sinal de óleo nas praias nordestinas já levanta preocupação de especialistas e gestores públicos. Segundo a Band, a Marinha do Brasil está fazendo sobrevoos na costa de Pernambuco para tentar encontrar a origem do óleo. A população está sendo alertada a não mexer no material e a avisar as autoridades municipais e estaduais.
Parte do óleo coletado em Pernambuco já foi encaminhado para análise da Marinha, que deve ser concluída em até 30 dias, informou a Folha de Pernambuco. Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) também coletaram o material e farão uma análise de sua composição química. Enquanto isso, pescadores e profissionais da indústria turística pernambucana já estão temendo eventuais impactos de uma nova contaminação de óleo. Esses setores foram bastante prejudicados pelas manchas de 2019; no caso do turismo, a pandemia intensificou esse prejuízo nos dois anos seguintes. “Infelizmente, está trazendo um trauma porque está se espalhando em todas as praias. Aí, chegando aqui, fica mais complicado para a gente trabalhar”, lamentou um comerciante.
Agência Brasil, g1, Metrópoles e TV Cultura, entre outros, repercutiram o reaparecimento das manchas de óleo no litoral nordestino.
ClimaInfo, 31 de agosto de 2022.
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