A temporada de queimadas de 2022 segue intensa e, infelizmente, pior do que poderia ser se o governo federal tivesse feito a sua parte para prevenir o problema. Um levantamento divulgado pelo Observatório do Clima (OC) mostrou que, até o último dia 5, apenas 37% do orçamento autorizado para prevenção e controle de incêndios florestais tinham sido executados; dos R$ 52,72 milhões reservados e autorizados pelo governo para medidas preventivas e de controle contra queimadas, somente R$ 19,48 milhões foram efetivamente aplicados pelo ministério do meio ambiente e suas autarquias (IBAMA e ICMBio). O g1 repercutiu essa informação.
Não coincidentemente, a queda na execução orçamentária para a prevenção e o combate ao fogo acontece em um momento de alta significativa dos episódios de incêndios na Amazônia. Em uma semana, o número de queimadas registradas pelo INPE na floresta amazônica já superou a quantidade total de incêndios identificados em todo o mês de setembro de 2021.
Como assinalado pelo g1, entre 1º e 07 de setembro foram registrados 18.374 focos de calor, número 10% superior aos 16.742 focos no mês de setembro inteiro do ano passado.
Desde janeiro, a Amazônia experimentou mais de 64 mil focos, número que se aproxima prematura e perigosamente do total registrado durante todo o ano de 2021 (75.090) – e com pouco menos de quatro meses até o final de 2022. O UOL também deu destaque a estes dados.
ClimaInfo, 9 de setembro de 2022.
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