Lembra dos US$ 100 bilhões anuais de financiamento climático? 

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AP Photo/Fareed Khan

O pessoal da Climate Change News aborda o compromisso, até agora não cumprido, dos países desenvolvidos em pingar US$ 100 bilhões anualmente para ajudar países em desenvolvimento enfrentarem a crise climática.

Eles dizem que não basta garantir ou mesmo aumentar este volume de recursos: é preciso cuidar da qualidade das ações que ele proporciona. Eles advogam que todos os fluxos financeiros globais deveriam ficar cada vez mais “verdes” e não só o financiamento climático. Dado o aumento dos impactos climáticos, as ações de adaptação precisam ser cada vez mais relevantes, sem abrir mão das de mitigação. É preciso mobilizar mais capital privado para financiamento climático ao mesmo tempo em que é preciso aumentar o volume de doações para os mais vulneráveis – países e populações. Por último, reforçam que enfrentar a crise climática anda junto com os sonhos de desenvolvimento e melhoria das condições de vida da maior parte da população do planeta. O artigo completo saiu no Climate Policy.

Em tempo: Outro grande emissor é a aviação internacional. Para reduzi-las, o setor aposta em combustíveis sustentáveis e em créditos de carbono para compensar as emissões que sobrarem. Comentando a reunião da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), que começa na semana que vem, pesquisadores apontam, em um artigo da Nature, que essas “sobras” podem ser bem grandes, porque a quantidade de combustível “sustentável” necessário parece exceder as mais otimistas capacidades de produção. Do lado dos créditos de carbono, eles argumentam que boa parte deles viria de projetos de proteção e restauração de florestas.  

O artigo aponta que as saídas passam por transformações mais radicais no setor, novos tipos de aviões, novos modelos de negócio. No entanto, como acontece frequentemente em quase todos os setores da economia, não se questiona se o mundo realmente precisa e comporta tantos voos.

 

ClimaInfo, 21 de setembro de 2022.

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