Banco Mundial pintado de verde investiu US$ 15 bilhões em fósseis

Banco Mundial David Malpass
Justin Sullivan/Getty

O papel de organismos multilaterais no enfrentamento da emergência climática não deve ser subestimado. Um dos principais, o Banco Mundial, alardeia desde a conferência de Paris, em 2015, que toma ações concretas para parar os investimentos da cadeia de combustíveis fósseis. Esse compromisso era para começar em 2019. Só que não: um grupo de 50 organizações que vigiam os passos do Banco publicaram um relatório mostrando que eles aportaram quase US$ 15 bilhões em refinarias de petróleo e processamento de gás natural. Dado que um dos papéis fundamentais do banco é o de fomentar investimentos, esses aportes provavelmente significaram volumes muito maiores investidos em fósseis. Segundo matéria do Guardian, o trabalho aumenta, e muito, a pressão sobre o atual presidente, David Malpass. Indicado pelo então presidente Trump, no mês passado, Malpass se recusou a afirmar a veracidade da ciência climática. Ele tentou corrigir dias depois, mas, mesmo assim, Al Gore, ex-vice-presidente e uma das vozes climáticas importantes, saiu pedindo sua renúncia.

Em tempo: No Nordeste, avança o interesse pela produção do hidrogênio verde. Reportagem especial no jornal O Povo detalha estudo realizado pelo grupo SAE Mobility, feito a pedido do Plano Nordeste Potência, sobre como este novo tipo de combustível pode ajudar a posicionar a região como um polo de desenvolvimento e exportação de energia e produtos com uma pegada menor de carbono. O jornal A Tarde também destaca o tema.

 

ClimaInfo, 11 de outubro de 2022.

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