Fontes de energia verde avançam no Brasil

Brasil energia verde
Pixabay

Uma das áreas da economia verde onde o Brasil tem o potencial mais claro e proeminente é a das energias renováveis. Além do know-how, o país se beneficia por condições geográficas e climáticas que favorecem a produção de energia carbono zero, como as fontes eólica e solar, além de outros combustíveis de baixa emissão, como biogás e etanol.

O Valor fez um apanhado dos potenciais e dos desafios da energia renovável no Brasil. O grande destaque está na expansão de geração eólica e solar, que segue firme mesmo depois do baque econômico causado pela pandemia. Agora, o setor espera com ansiedade a regulamentação da geração eólica 

offshore, que pode destravar a produção de quase 170 GW de energia.

O mercado também está aquecido para biogás e etanol, que perderam fôlego na última década por conta da crise econômica e que, aos poucos, tentam retomar o terreno. Mesmo com novos investimentos para ampliar a produção, o setor ainda não consegue atender plenamente a demanda.

Olhando para o futuro, a “menina dos olhos” da indústria de energias renováveis é o hidrogênio verde. Visto como a alternativa mais atraente para substituir as fontes fósseis de energia em setores econômicos intensivos em energia, o hidrogênio verde tem sido colocado no alto das prioridades econômicas de diversos países para a próxima década – e, mais uma vez, o Brasil se beneficia por vantagens competitivas que podem colocar o país na frente nessa corrida.

Mas e a indústria de combustíveis fósseis? A indústria petroleira, inclusive no Brasil, ainda tropeça quando o assunto é transição energética. A aposta do setor é de que, mesmo com o avanço das renováveis, ainda haverá demanda por combustíveis fósseis nas próximas décadas, o que justificaria novos investimentos.

O que não está claro – nem para as empresas, nem para os investidores – é até que ponto esses investimentos poderão dar retorno no longo prazo, especialmente se as fontes renováveis continuarem crescendo e ganhando competitividade. Neste caso, o risco de esses ativos ficarem “encalhados” é substancial.

 

ClimaInfo, 19 de janeiro de 2023.

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