Estudo ressalta competitividade de fontes eólica e solar contra carvão nos EUA

O carvão segue tão sujo como antes, mas agora também está ficando muito mais caro. Segundo uma análise divulgada pela consultoria Energy Innovation, da Califórnia, quase todas as usinas de carvão existentes hoje nos EUA torram mais dinheiro para se manter em operação do que se gastaria caso elas fossem substituídas por usinas eólicas ou solares. 

De acordo com o relatório, 99% das usinas de carvão em operação nos EUA estão nessa situação. Além de ser mais eficiente do ponto de vista econômico, a substituição delas por fontes renováveis também economizaria o suficiente para financiar quase 150 gigawatts de armazenamento de bateria de quatro horas, equivalente a mais de 60% da capacidade instalada do carvão, e gerar quase US$ 590 bilhões em novos investimentos no país.

Em média, o custo marginal para as usinas a carvão é de US$ 36 por megawatt/hora, enquanto a nova energia solar custa cerca de US$ 24 por megawatt/hora, cerca de um terço mais barato. Apenas uma usina de carvão (Dry Fork, em Wyoming) segue mais competitiva em custo em relação às novas energias renováveis.

Dois fatores puramente econômicos explicam essa situação: o preço das fontes renováveis vem diminuindo de forma consistente e significativa há mais de uma década; e, na outra ponta, o carvão tem ficado cada vez mais caro. Isso se tornou mais forte no último ano, depois da aprovação da Inflation Reduction Act (IRA) pelo governo norte-americano, que criou novos incentivos para a instalação de projetos de energia renovável.Bloomberg, Forbes, Guardian e Inside Climate News deram a notícia.

ClimaInfo, 31 de janeiro de 2023.

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