Agentes do IBAMA e da FUNAI iniciaram na última 2ª feira (6/2) uma operação para retirada de garimpeiros da Terra Indígena Yanomami, em Roraima. De acordo com o governo federal, até a noite de 3ª feira tinham sido apreendidos e destruídos um helicóptero, um avião e um trator de esteira, além de outras estruturas de apoio logístico ao garimpo.
Cerca de 100 oficiais da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) também estão atuando na retomada do território Yanomami. Junto com o IBAMA, a FNSP instalou uma base de controle no rio Uraricoera para impedir o fluxo de suprimentos para as áreas de garimpo. As embarcações apreendidas carregavam cerca de uma tonelada de alimentos, freezers, geradores e até antenas de internet por satélite.
As pistas clandestinas de pouso também estão na mira dos agentes federais. O Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do IBAMA está encabeçando os esforços para identificar essas instalações, além de realizar missões para destruir a infraestrutura utilizada pelo garimpo.
“O objetivo principal da operação é inviabilizar linhas de suprimento e rotas que abastecem e escoam a produção do garimpo, além de garantir a permanência das equipes de fiscalização por prazo indeterminado”, assinalou o IBAMA. Associated Press, Estadão, Folha, g1 e O Globo, entre outros, repercutiram a ação.
O cenário encontrado pelos agentes federais mostra que, mesmo com a saída voluntária de alguns garimpeiros do território indígena, a presença dos invasores ainda é problemática. Segundo a Agência Pública, a circulação de barcos com mantimentos para o garimpo se intensificou nas últimas semanas mesmo com a crise humanitária indígena e as promessas do governo federal de expulsão dos garimpeiros.
ClimaInfo, 9 de fevereiro de 2023.
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