Petrobras e norueguesa Equinor firmam acordo para investir em geração eólica no mar

eólicas offshore
REUTERS / Phil Noble

As petroleiras estatais Petrobras, do Brasil, e Equinor, da Noruega, assinaram uma carta de intenções que pode resultar na implantação de sete parques eólicos no mar brasileiro. Os projetos somam 14,5 gigawatts de capacidade instalada. Como disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, essa potência é similar à da hidrelétrica de Itaipu, a maior usina à base de energia hidráulica da América do Sul.

A carta de intenções atualiza um acordo similar, firmado por Petrobras e Equinor em 2018. Na época, a parceria considerava apenas a implantação de dois parques eólicos offshore, no litoral do Rio de Janeiro e Espírito Santo, informa a Agência Brasil.

Além desses projetos originais (Aracatu I e II), o novo acordo inclui a análise dos parques de Mangara, no Piauí; Ibitucatu, no Ceará; Colibri, no Rio Grande do Norte/Ceará; e Atobá e Ibituassu, no Rio Grande do Sul. O prazo de vigência da parceria atual é 2028.

“Esse acordo vai abrir caminhos para uma nova fronteira de energia limpa e renovável no Brasil, aproveitando o expressivo potencial eólico offshore do nosso país e impulsionando nossa trajetória em direção à transição energética”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. No ano passado, quando era senador, Prates propôs um projeto de lei para a criação de uma política de oferta de áreas marítimas para instalação de parques eólicos offshore.

O acordo foi destaque nos Valor, CNN, O Globo, Reuters e Agência Brasil, entre outros.

Em tempo 1: “Incensado” como a solução para substituir os combustíveis fósseis e, assim, contribuir no combate à crise climática, o hidrogênio tem atraído investidores e governos que vez ou outra anunciam acordos para implantação de projetos. Mas, seria mesmo a molécula capaz de entregar o “futuro limpo” que seus defensores prometem? O The Guardian faz esse questionamento e apresenta as possibilidades e os desafios envolvidos na geração desse combustível.

Em tempo 2: Mesmo com a expansão de outras fontes de geração de energia ocorrida nos últimos anos, a hidroeletricidade ainda responde por mais de 50% da matriz elétrica brasileira. E as usinas de norte a sul do país dependem da Amazônia para ter água, mostra o DW. Os “rios voadores” que saem da Floresta Amazônica afetam os regimes de chuvas em variadas regiões. Somente na bacia hidrográfica dos rios Paraná e da Prata, os “rios voadores” amazônicos respondem por 70% da água que supre a bacia.

ClimaInfo, 8 de março de 2023.

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