Com dois dias de atraso, cientistas e representantes de governos chegaram a um acordo e aprovaram neste domingo (19/3) o documento síntese do 6º ciclo de relatórios (AR6) do IPCC. O novo relatório sintetiza o trabalho iniciado pelo IPCC em 2021 e ressalta as principais conclusões científicas sobre a gravidade da crise climática e os caminhos potenciais para seu enfrentamento.
A aprovação do novo documento foi marcada pela tensão característica das negociações climáticas internacionais entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, informou a Associated Press. O texto deveria ter sido aprovado na 6ª feira passada (17/3) durante o encontro do IPCC em Genebra (Suíça), mas desavenças entre governos ricos e pobres em torno de termos e frases importantes – como, por exemplo, “vulnerabilidade climática” – arrastaram as conversas pelo final de semana.
Considerando o que já foi publicado pelo Painel nos últimos dois anos, já dá para ter uma noção das mensagens do relatório-síntese que será divulgado nesta 2ª feira (20/3) pela ONU. “As manchetes deste ciclo de relatórios do IPCC estão mais claras do que nunca. Elas não deixam espaço para contestar o aquecimento causado pela humanidade e a necessidade de reduções urgentes nas emissões de gases de efeito estufa nesta década”, observou Nerilie Abram, da Australian National University (ANU), no site The Conversation. “Podemos esperar manchetes igualmente fortes e claras no relatório desta segunda-feira”.Euronews e Guardian também abordaram a expectativa em torno do novo relatório-síntese do IPCC.
ClimaInfo, 20 de março de 2023.
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