Economia verde: União Europeia mira greenwashing corporativo

greenwashing corporativo
STEPHANIE LECOCQ (EFE)

A Comissão Europeia apresentou ontem (22/3) um conjunto de critérios para orientar empresas e consumidores sobre atributos de sustentabilidade em produtos e serviços comercializados na União Europeia. O principal objetivo da medida é combater o greenwashing, ou seja, o “faz de conta” que algumas empresas adotam para desinformar consumidores e investidores sobre os impactos ambientais de seus negócios. 

De acordo com o órgão executivo da UE, as novas regras darão mais clareza e segurança aos consumidores, além de beneficiar as empresas que efetivamente adotam critérios ESG em seus produtos e serviços. Isso é importante, já que um levantamento de 2020 indicou que mais de 53% das alegações ambientais de empresas examinadas pela UE foram consideradas vagas, enganosas ou infundadas, e 40% não tinham fundamento.

Um dos critérios definidos é a necessidade das empresas comprovarem seus “argumentos de vendas verdes”, com evidência científicas e verificadas de forma independente. A forma como essa informação é passada ao consumidor será padronizada, bem como o uso de certificações verdes, que também serão regulamentadas no mercado europeu.

“As propostas apresentadas hoje pela Comissão protegerão empresas e consumidores de práticas prejudiciais de greenwashing e combaterão a proliferação de rótulos. Queremos ajudar os consumidores a terem mais confiança em suas escolhas e garantir que as empresas que se esforçam genuinamente na redução de seus impactos na natureza sejam recompensadas”, defendeu Virginijus Sinkevicius, comissário europeu para o meio ambiente.

Associated Press, Bloomberg, El País e Wall Street Journal, entre outros, repercutiram a notícia.

ClimaInfo, 23 de março de 2023.

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