Fortes tempestades de areia estão atingindo Pequim e várias províncias do nordeste da China, fenômeno que deve se estender até esta quarta (12/4). A cidade recebe tempestades de areia regulares em março e abril, por ficar próxima do grande deserto de Gobi. Entretanto, tem presenciado um número incomum desses eventos – é a oitava tempestade a atingir a cidade neste ano, diz o South China Morning Post, e a quarta em apenas um mês, destaca a CNN.
“A frequência das tempestades de areia neste ano, em comparação com outras estações da primavera, é a mais alta em Pequim na última década”, disse Ma Jun, diretor do Instituto de Assuntos Públicos e Ambientais, empresa de pesquisa ambiental sem fins lucrativos.
A Reuters lembra que um funcionário do Ministério de Ecologia e Meio Ambiente da China disse recentemente que o número de eventos desse tipo é agora quatro vezes maior do que na década de 1960. Uma consequência do aumento das temperaturas e da queda da precipitação nos desertos do norte da China e na vizinha Mongólia. O que, em resumo, é um efeito das mudanças climáticas globais.
Na segunda (10/4), imagens mostravam a capital chinesa envolta em uma nuvem de neblina laranja, que pairava no ar até terça-feira. O índice de qualidade do ar em tempo real da cidade estava em um nível grave de poluição, segundo o Centro Municipal de Monitoramento Ecológico e Ambiental de Beijing. Meteorologistas alertavam os cidadãos sobre os perigos respiratórios e a visibilidade muito baixa.
O smog – termo usado para definir a neblina esfumaçada formada por acúmulo de poluição – tinha concentração de partículas PM10 no ar de mais de 1.000 microgramas por metro cúbico no centro da cidade, e de partículas PM2,5 – consideradas as mais perigosas devido ao seu pequeno tamanho diâmetro – de mais de 500, explica a EFE. Com isso, os índices de qualidade do ar subiram para mais de 1.100 pontos, nível considerado extremamente perigoso.NBC News e Asia News, entre outros veículos, também noticiaram as tempestades de areia no nordeste da China.
ClimaInfo, 12 de abril de 2023.
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