Projeto eólico de mais de R$ 4 bilhões é anunciado na Bahia

energia eólica
Divulgação

Uma das dez maiores consumidoras de energia elétrica do país, a siderúrgica ArcellorMittal Brasil (AMB) formou uma joint venture com a geradora Casa dos Ventos para instalar o complexo eólico Babilônia, de 553,5 megawatts (MW) de capacidade, em Várzea Nova, no centro-norte da Bahia. O parque vai receber investimentos de R$ 4,2 bilhões e tem início da operação previsto para o segundo trimestre de 2025.

A siderúrgica detém 55% do projeto, mas vai consumir cerca de 90% da energia a ser gerada pelos 123 aerogeradores que vão compor o complexo eólico. Serão fornecidos para a AMB 267 MW médios de energia elétrica, suficientes para abastecer aproximadamente 1,1 milhão de residências. O contrato prevê um fornecimento por 20 anos, extensível por mais 15, informa O Globo.

Presidente da siderúrgica e CEO de Aços Longos e Mineração Latam, Jefferson de Paula disse que a energia que será fornecida pelo complexo de Babilônia vai suprir 38% das necessidades das operações no Brasil. Atualmente, o consumo da AMB é de 500 MW, dos quais metade são supridos por uma hidrelétrica e uma termelétrica à base de gás de alto-forno próprias, segundo o Valor. Em 2026, com a expansão de seu parque fabril, a ArcellorMittal vai passar a consumir 750 MW.

De acordo com o executivo, a energia do projeto eólico Babilônia vai evitar a emissão de 208 mil toneladas/ano de CO2 nas operações da AMB no país. A siderúrgica estabeleceu como meta reduzir suas emissões em 25% até 2030, com investimentos de US$ 10 bilhões até lá, e ser carbono-neutra em 2050.

O diretor de novos negócios da Casa dos Ventos, Lucas Araripe, disse que no futuro outros 100 MW de energia solar poderão ser instalados em área próxima ao complexo eólico, usando a mesma infraestrutura.

Estadão, Capital Reset, Canal Energia e Click Petróleo e Gás também noticiaram o projeto eólico de AMB e Casa dos Ventos na Bahia.

Em tempo 1: A Revolusolar e o IEI Brasil (International Energy Initiative) estão trabalhando em conjunto na criação de uma política pública efetiva em energia solar distribuída voltada para a população de baixa renda. Uma dessas ações é a elaboração de um documento com propostas para o governo federal, que estuda a implantação de um Programa Social de Energia Solar. Ambas estão sistematizando as experiências da Revolusolar e de outras iniciativas, mapeando desafios e boas práticas para aprimorar as propostas, detalha o Canal Solar.

Em tempo 2: Representantes do setor de energia nuclear lançaram uma frente parlamentar mista que tratará do tema no Congresso. O bloco está sendo criado com 217 adesões: 204 deputados federais e 13 senadores, a maioria deles do PL, União Brasil e PP. A articulação estava em curso desde fevereiro e tem apoio da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), relata Lauro Jardim n´O Globo.

ClimaInfo, 20 de abril de 2023.

Clique aqui para receber em seu e-mail a Newsletter diária completa do ClimaInfo.