China endurece regras para emissões de veículos e força montadoras a limpar seus estoques

China emissões de veículos
REUTERS/Thomas Peter

O governo da China confirmou nesta 3ª feira (9/5) que implementará a partir de julho novos padrões para emissões de poluentes e gases de efeito estufa para sua frota de automóveis. A medida atinge em cheio as montadoras do país, que se esforçam para vender unidades dos modelos que não se encaixam nas novas regras antes que elas passem a vigorar.

De acordo com a Reuters, a China proibirá as produção, importação e venda de veículos que não cumpram os padrões nacionais de emissão VI B, que incluem requisitos mais rígidos sobre poluentes, incluindo monóxido de carbono de veículos a gás e a gasolina. O governo também exigirá a realização de testes de real-driving emission (RDE) dos veículos durante a condução na estrada.

Grupos industriais chineses pediram a Pequim o adiamento da aplicação das regras até janeiro de 2024 para permitir que os estoques sejam esvaziados. Estima-se que mais de dois milhões de veículos não conformes às novas regras estejam nos pátios das montadoras chinesas. A Bloomberg também deu a notícia.

Enquanto isso, o mercado de carros elétricos na China passa por um período de instabilidade. Por conta da redução na demanda e de cortes nos subsídios governamentais, as montadoras adotaram uma estratégia agressiva de redução dos preços ao consumidor, com o propósito de atrair mais clientes. Ao mesmo tempo, a entrada das grandes montadoras internacionais no mercado chinês também traz preocupação às empresas chinesas, que enxergam uma margem cada vez mais diminuta para competir com essas gigantes. A Nikkei deu mais informações.Por falar em montadoras internacionais na China, o Financial Times abordou como a alemã Volkswagen está se desdobrando para manter sua posição no mercado chinês, responsável por metade de seus lucros anuais. Na disputa pelo mercado de elétricos, a empresa já amarga uma constrangedora 9ª posição (2%), bem atrás da líder chinesa BYD (40%) e da norte-americana Tesla (10%).

ClimaInfo, 11 de maio de 2023.

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