O ritmo de desmatamento na Amazônia registrou uma queda significativa de 54% nos cinco primeiros meses de 2023, de acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) operado pelo Imazon. De janeiro a maio, a floresta amazônica perdeu 1.542 km2 de mata nativa, o equivalente ao território da cidade de São Paulo. A despeito da queda, a taxa registrada pelo SAD/Imazon foi a 4ª maior área desmatada para o período em pelo menos 16 anos, atrás apenas de 2022, 2021 e 2020.
A queda mais significativa nos cinco primeiros meses de 2023 aconteceu em maio, com uma redução de 77% no ritmo de desmatamento em comparação com o mesmo mês no ano passado (de 1.476 km2 para 339 km2). Porém, como o patamar do ano passado foi excessivo, em virtude da omissão absoluta do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a queda precisa persistir nessa proporção pelos próximos meses para evitar que 2023 fique fora das primeiras posições no ranking de anos com maior desmatamento amazônico.
“Para intensificar ainda mais o combate ao desmatamento, é necessário que os órgãos ambientais sigam sendo fortalecidos, para que consigam ter capacidade suficiente para impedir a continuidade de atividades como o garimpo ilegal, a invasão de Áreas Protegidas e a grilagem. E, também, realizar a destinação para a conservação de Terras Públicas ainda sem uso definido, que estão mais vulneráveis ao desmatamento”, afirmou Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon.
Apesar da redução geral no desmatamento, a destruição florestal aumentou em dois estados nos cinco primeiros meses de 2023: Roraima (alta de 62%, de 68 km2 para 110 km2) e Tocantins (alta de 17%, de 6 km2 para 7 km2). Em termos totais, os maiores estados amazônicos seguem na liderança do desmatamento no período – Mato Grosso (511 km2), Amazonas (372 km2) e Pará (328 km2), que juntos representam 78% da floresta destruída.
Metrópoles e R7 deram mais detalhes sobre os dados do SAD/Imazon.
ClimaInfo, 23 de junho de 2023.
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