A geração distribuída a partir de painéis solares fotovoltaicos superou os 2 milhões de sistemas instalados em todo o país. Ao todo, são 22 gigawatts (GW) solares de potência instalada em residências, comércios, indústrias, prédios públicos e propriedades rurais. Isso representa 4% da capacidade total de todo o parque gerador de energia elétrica do Brasil.
Em cerca de um mês houve o acréscimo de 1 GW de potência. Ao longo deste ano, já são 3,96 GW implantados, com 348 mil novas instalações atendendo 464 mil consumidores. Nos últimos 12 meses, o avanço foi de 8,81 GW, representando um crescimento de 66%, detalha o Portal Solar.
Com 3,06 GW de capacidade instalada – sendo 2,99 GW solares –, Minas Gerais retomou a liderança na geração distribuída do país, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Em março, o estado havia sido superado por São Paulo, que conta com 3,00 GW instalados (2,98 GW fotovoltaicos), detalha a epbr. Os dois estados são seguidos por Rio Grande do Sul (2,26 GW em potência solar), Paraná (2,13 GW solares) e Santa Catarina (1,35 GW solar).
Segundo levantamento da Associação Brasileira da Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a tecnologia já está presente em todos os estados e em 5.530 municípios. A meta, segundo Bárbara Rubim, vice-presidente da entidade, é atingir todas as 5.570 cidades do país, explica a Agência Brasil.
“Isso confirma não só o potencial enorme que o Brasil tem para a geração solar fotovoltaica, mas também o desejo do consumidor brasileiro de gerar a própria energia, não só economizando na conta de luz, mas também fazendo sua parcela, para ajudar com o desenvolvimento sustentável do país”, disse ela.
CNN, Exame, Canal Solar, Portal Solar e EnergiaHoje também noticiaram os novos números da geração distribuída fotovoltaica no Brasil.
Em tempo: Algumas obrigatoriedades envolvendo a inclusão da energia solar fotovoltaica no programa Minha Casa Minha Vida estão gerando um embate que pode prejudicar a iniciativa, que é positiva por descentralizar a geração elétrica, e com uma fonte renovável. Agentes do setor e a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) alegam que a compra compulsória da energia por parte das distribuidoras – e por um preço bem acima do mercado – e o desconto de 50% no valor mínimo faturável pelo uso do sistema de distribuição pode gerar uma conta extra anual de R$ 1 bilhão para os demais consumidores, lembra o UOL. Por causa disso, o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, disse que as novas unidades do MCMV não terão painéis solares, segundo o Poder 360. Jader Filho afirmou que está buscando uma “solução equilibrada” com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, mas que, no novo modelo, o valor das placas que seriam instaladas nos imóveis será usado para “adquirir energia de fazendas solares” – o que acaba mantendo o antigo sistema de compra de energia via distribuidoras.
ClimaInfo, 30 de junho de 2023.
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