Leilão de linhas de transmissão tem grande disputa e deságio de mais de 50%

linhas de transmissão
ABR

O primeiro leilão da área energética do governo Lula, voltado para o segmento de transmissão de energia elétrica, foi marcado por uma grande disputa pelos nove lotes licitados, um alto deságio médio, de 50,97%, sobre a Receita Anual Permitida (RAP) prevista pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), de R$ 2,5 bilhões, e a entrada de novos atores nesse setor.

Os projetos deverão receber investimentos de R$ 15,3 bilhões, informa a Agência Brasil, e vão aumentar a capacidade de escoamento da eletricidade eólica e solar gerada no Nordeste. Os lotes incluem construção, operação e manutenção de 6.184 km de linhas de transmissão e subestações com capacidade de transformação de 400 megavolt-amperes (MVA). Os ativos serão instalados na Bahia, no Espírito Santo, em Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe, informa a epbr. Segundo o ministro de Minas e Energia, o leilão ampliará a quantidade de usinas de geração limpa no Nordeste e em outras áreas do país, destaca o Valor. “Os investimentos desse leilão e os mais de R$ 40 bilhões que faremos até março de 2024 serão capazes de destravar mais de R$ 200 bilhões em investimentos no setor de geração de energia limpa e renovável no Brasil”, disse.

O leilão também surpreendeu por ter seus dois maiores projetos vencidos por empresas menos tradicionais no setor elétrico, que desbancaram grandes grupos do segmento. De acordo com o UOL, a ANEEL minimizou a preocupação quanto à capacidade de novos entrantes de tirar os projetos do papel, já que as regras foram aperfeiçoadas para evitar essas situações.

Estadão, Folha, UOL e Poder 360 também repercutiram o leilão.

Em tempo: A Eternit deixou o tóxico amianto para trás e está investindo em telhas com geração solar. Primeiro foram telhas solares de concreto. Agora, vai fabricar telhas solares de fibrocimento, produto inédito no Brasil e que visa a popularizar a fonte de energia. Para demonstrar a viabilidade, a Eternit procurou concessionárias de energia e, em parceria com a ONG Revolusolar, tem buscado moradores nas comunidades Chapéu Mangueira, Babilônia e Ladeira Ari Barroso, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para um projeto-piloto. A ideia é selecionar uma residência, fornecer e instalar telhas fotovoltaicas de fibrocimento e entender a eficácia da insolação e outros quesitos técnicos. “A telha vai direto para o telhado: é só tirar a comum e trocar por essa (de fibrocimento)”, diz Luís Augusto Barbosa, presidente da empresa. “É só ligar como se fosse um painel fotovoltaico qualquer, tem um cabeamento, um suporte”, explica, em entrevista ao Estadão. Segundo o gerente de desenvolvimento de Novos Negócios da Eternit, Luiz Lopes, o programa Minha Casa Minha Vida está analisando o produto para saber se é viável sua incorporação às construções populares.

ClimaInfo, 3 de julho de 2023.

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