Amarras de plataforma da Petrobras rompem na Bacia de Campos

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Sindipetro-NF / Reprodução

Duas amarras que garantiam a estabilidade da plataforma P-31, da Petrobras, que opera na Bacia de Campos, romperam na manhã de 6ª feira (7/7). O incidente foi relatado pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) após auditoria da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na plataforma e confirmado pela petroleira.

O Sindipetro-NF explica que o sistema de ancoragem garante que a plataforma fique estável. E se ele está comprometido, “naturalmente, a vida e a segurança dos trabalhadores, e da própria unidade, ficam também comprometidos”, afirmou a entidade. Os próprios auditores da ANP também teriam solicitado o desembarque dos trabalhadores, segundo O Globo.

“Tivemos a informação de duas amarras rompidas e de condições de mar adversas. Ontem o balanço estava grande a ponto de não possibilitar pousos e decolagem na unidade. Neste nível de amarras rompidas pode haver risco de rompimento em cadeia. A unidade se encontra com a produção parada, contudo ela é conectada a outras unidades, com passagem de fluxo de hidrocarbonetos”, detalha o coordenador do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF, Alexandre Vieira.

A Petrobras prevê que o conserto dos cabos de estabilização do navio-plataforma (FPSO) deve durar 30 dias, de acordo com o Poder 360. “A P-31 é ancorada por oito amarras e estamos realizando o monitoramento constante da movimentação da unidade, que está dentro dos parâmetros de segurança previstos no projeto. A unidade encontra-se estável e em segurança, sem oferecer risco às pessoas e ao meio ambiente”, disse a estatal, em nota reproduzida pelo UOL.

Petronotícias, UOL e g1 também noticiaram o incidente com a plataforma da Petrobras na Bacia de Campos.

Em tempo: A Petrobras vendeu por R$ 3,2 milhões a plataforma P-32 para a Gerdau e o estaleiro Ecovix. Segundo a petroleira, a venda é a primeira sob o novo modelo de destinação sustentável de embarcações da companhia, informa o Valor. O desmonte da P-32 deve começar em 90 a 120 dias no Estaleiro Rio Grande (RS) e durar 12 meses. Em seguida, a Gerdau usará a sucata metálica como matéria-prima em suas usinas de Charqueadas e Sapucaia do Sul (RS), segundo a epbr. A Agência Brasil também tratou da reciclagem da P-32.

ClimaInfo, 10 de julho de 2023.

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