
Depois de duas semanas, finalmente as autoridades da Grécia conseguiram controlar os incêndios florestais que consumiram boa parte das ilhas de Rodes e Corfu, além de áreas nas proximidades da capital, Atenas. No sábado (29/7), o governo grego confirmou que os maiores focos de fogo estão sendo extintos, mas alertou para o risco persistente de novos episódios do tipo nos próximos dias, com o tempo quente e seco.
Os incêndios causaram danos significativos na Grécia. Quase 20 mil pessoas, a maioria turistas, foram forçados a evacuar a ilha de Rodes, na maior evacuação de pessoas já feita no país. O fogo matou pelo menos cinco pessoas (além de dois brigadistas que morreram na queda de um bombardeiro hídrico em Evia na última 3ª feira) e queimaram quase 50 mil hectares de floresta e vegetação.
Enquanto combatem os incêndios, as autoridades gregas começam a analisar como os focos de fogo surgiram. Uma possibilidade forte é de que os incêndios tenham sido causados por ação humana, potencializada pelo tempo quente e seco.
“Durante esse período [três primeiras semanas de julho], 667 incêndios foram registrados, ou seja, mais de 60 por dia em quase todo o país. Infelizmente, a maioria foi incendiada por ação humana, seja por negligência criminosa ou intenção”, disse Vassilis Kikilias, ministro da crise climática e proteção civil da Grécia. “A diferença com os outros anos foram as condições climáticas. A mudança climática, que gerou uma onda de calor histórica e sem precedentes, está aqui”. Guardian e Valor repercutiram essa avaliação.
Para os gregos, ficou o prejuízo material deixado pelo fogo. Além da perda de fazendas e lavouras, a indústria turística também foi afetada pelos incêndios, exatamente na melhor temporada do ano para seus negócios. “Os meios de subsistência das pessoas estão literalmente reduzidos a cinzas”, lamentou uma moradora de Kiotari, na ilha de Rodes, ao Independent.
AFP, Euronews, Folha e Guardian, entre outros, também repercutiram a luta da Grécia contra o fogo e os efeitos dos incêndios florestais no país.
ClimaInfo, 31 de julho de 2023.
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