O custo da omissão e ganhos potenciais da luta contra a crise climática

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Fonte: NCEP / Climate Change Institute / University of Maine

O calor extremo no Hemisfério Norte, que tornou julho de 2023 o mês mais quente já registrado, deixou em evidência como a humanidade está despreparada para lidar com um clima cada vez mais fora dos padrões que viabilizaram a expansão de nossa espécie na Terra por dezenas de milhares de anos. Com o despreparo, o prejuízo potencial da crise climática se torna cada vez mais real, palpável e lamentável.

Um levantamento da Organização Meteorológica Mundial (WMO) de 2021 indicou que os mais de 11 mil desastres naturais associados ao clima entre 1970 e 2019 tenham custado cerca de US$ 3,64 trilhões (R$ 17,22 tri). Já uma análise da consultoria Deloitte indicou que, se os padrões atuais de emissões de gases de efeito estufa forem mantidos até 2070, as perdas globais serão de estratosféricos US$ 178 trilhões (cerca de R$ 841 tri). Clara Balbi destaca esses cálculos na Folha, e como eles começam a pesar no bolso das economias ao redor do mundo.Por outro lado, a adequação das economias e das empresas aos objetivos mais ambiciosos do Acordo de Paris – limitar o aquecimento a 1,5oC neste século em relação aos níveis pré-industriais, zerando as emissões líquidas até 2050 – pode representar ganhos potenciais que chegam a US$ 43 trilhões (R$ 203 trilhões).

ClimaInfo, 31 de julho de 2023.

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