Seis presidentes devem participar da Cúpula da Amazônia

Cúpula da Amazônia presidentes
Cláudio Kbene / PR via Agência Brasil

A Cúpula da Amazônia, que acontece a partir desta 3ª feira (8/8) em Belém (PA), deve reunir seis presidentes da bacia amazônica, além de ministros.  

De acordo com o Metrópoles, o presidente Lula recepcionará Luis Arce (Bolívia), Gustavo Petro (Colômbia), Irfaan Ali (Guiana), Dina Boluarte (Perú) e Nicolás Maduro (Venezuela). Dois presidentes não participarão da cúpula por razões de política interna, Chan Santokhi (Suriname) e Guillermo Lasso (Equador), mas serão representados por ministros de estado. Outro convidado, o francês Emmanuel Macron, também não participará, mas enviará representante em nome da Guiana Francesa.

Além dos países amazônicos, a Cúpula de Belém também receberá líderes de outras nações convidadas, como a República Democrática do Congo, Congo, Indonésia, e São Vicente e Granadinas. Os países doadores do Fundo Amazônia, Alemanha e Noruega, também estarão presentes nas conversas na capital paraense por meio de seus embaixadores. O Poder360 também elencou quem participará da Cúpula.

Band, CNN Brasil e Metrópoles abordaram os principais pontos na agenda de discussão dos governos em Belém. Entre as propostas que podem constar na declaração final, estão a criação de um Parlamento Amazônico, de um centro integrado de combate ao crime organizado na região, e de um painel técnico-científico nos moldes do IPCC para promover pesquisas sobre o bioma, além da definição de uma meta regional de combate ao desmatamento. Folha e g1 também sintetizaram a agenda da Cúpula da Amazônia.

Para o Brasil, a realização da Cúpula também é um marco no processo de reposicionamento do país no cenário internacional depois do isolamento imposto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. ANSA e CNN Brasil destacaram o interesse do governo brasileiro em aproveitar o encontro em Belém para reforçar a imagem de “retomada ambiental” com parceiros internacionais, como a França.

A Cúpula também pode ajudar o Brasil nas negociações ambientais no âmbito do acordo comercial Mercosul-União Europeia. “[O evento] mostra que nós não estamos parados, não estamos aceitando a função de meros espectadores de crimes ambientais. Isso funciona como uma resposta muito boa à expectativa internacional, e certamente nas negociações envolvendo tratados bilaterais como o do Mercosul e a UE”, comentou Pedro Luiz Côrtes, professor da Universidade de São Paulo (USP), à CNN Brasil.Não à toa, o rascunho da declaração final da Cúpula deve mirar uma das polêmicas mais recentes nas conversas entre Mercosul e UE: as restrições comerciais impostas pelos países europeus às commodities relacionadas com o desmatamento. Segundo a Folha, o texto deve “condenar a proliferação de medidas comerciais unilaterais que, baseadas em requisitos e normas ambientais, se traduzem em barreiras comerciais e afetam principalmente os pequenos produtores dos países em desenvolvimento”.

ClimaInfo, 7 de agosto de 2023.

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