“Diálogos Amazônicos” reúne 27 mil pessoas e leva propostas para a Cúpula

8 de agosto de 2023

Debates reuniram indígenas, pesquisadores, representantes de movimentos sociais, ambientalistas e ativistas, que elaboraram propostas e reivindicações e esperam vê-las no documento da Cúpula da Amazônia.

Cerca de 27 mil pessoas participaram dos três dias dos “Diálogos Amazônicos”, encerrados no domingo (6/8) em Belém, segundo a Secretaria Geral da Presidência da República. Com mais de 300 eventos, informa O Liberal, a iniciativa assegurou a participação da sociedade civil na Cúpula da Amazônia, pois gerou documentos e cartas que serão apresentados aos líderes dos países amazônicos que estarão na reunião diplomática nesta 3ª e 4ª feiras (8 e 9/8). Um deles é a “Carta dos Povos Indígenas da Amazônia”, produzido pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), relata a DW em  matéria repercutida pelo Opera Mundi. Entre os 18 pontos da carta estão “salvar a Amazônia da mineração, do mercúrio e da exploração dos combustíveis fósseis; evitar o colapso ambiental e climático da região; lutar pela conservação das florestas, das águas e da vida dos Povos; e uma economia sustentável, transparente e participativa”, destaca a CNN.

Antes de entregarem a carta aos presidentes na Cúpula, as lideranças farão uma caminhada pelas ruas de Belém. O movimento, chamado de “Marcha dos Povos da Terra pela Amazônia”, vai reunir indígenas, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas e ativistas ambientais.

“Somos 5% da população mundial e protegemos 82% da biodiversidade no mundo. Somos os guardiões da vida e do futuro. Para nós, pensar tudo isso é pensar também não só a partir dos recursos naturais que precisam ser protegidos, mas a libertação dos territórios como um todo, que preserve as culturas, a biodiversidade, que garanta a vida para as atuais e futuras gerações”, disse a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara.

Além das propostas, os “Diálogos Amazônicos” foram marcados por vários anúncios de investimentos, lembra a Secretaria Geral da Presidência da República. O Ministério do Desenvolvimento Agrário vai destinar R$ 5,5 bilhões, dentro do Plano Safra da Agricultura Familiar, para produtores rurais da região Norte. O ministério da Ciência e Tecnologia anunciou R$ 3,4 bilhões em ciência, tecnologia e inovação para a Amazônia entre 2024 e 2026. Além disso, o ministério vai transferir tecnologia de monitoramento, via capacitação, a técnicos de países-membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).

Já a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, anunciou a criação do Comitê de Monitoramento da Amazônia Negra e Combate ao Racismo Ambiental, relatam Agência Brasil e Brasil de Fato. Anielle ressaltou que “com racismo ambiental não há justiça climática” e defendeu a importância de colocar os Povos Tradicionais, Comunidades Quilombolas e Povos de Terreiro no protagonismo da proteção da Amazônia.

Mais discussões do “Diálogos Amazônicos” foram repercutidas por O Liberal e Agência Brasil.

ClimaInfo, 8 de agosto de 2023.

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