Desmatamento cresceu 37% no MATOPIBA em 2022, mostra o MapBiomas

desmatamento MATOPIBA 2022
IPAM / MAPBIOMAS

Fronteira agrícola formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia registrou no ano passado desmatamento de 625 mil hectares, quatro vezes a cidade de São Paulo.

A região do MATOPIBA – formada por partes dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – registrou um desmate de 625 mil hectares em 2022. A área representa um aumento de 37% em relação a 2021 e equivale a quatro vezes a cidade de São Paulo, segundo dados do MapBiomas divulgados na 5ª feira (24/8).

A área representa 78% de toda a devastação do bioma Cerrado e 30% de toda a vegetação nativa derrubada no Brasil no ano passado, destacam UOL, Época Negócios e IstoÉ Dinheiro. Dos quatro estados do MATOPIBA, a Bahia foi a que teve a maior área desmatada, destaca o Bahia Econômica.

O levantamento mostra que o principal vetor do desmate em todos os estados foi a agricultura. “Essa região abriga grandes produtores de soja, milho e algodão. O cenário, em conjunto com a expansão de novas áreas para agricultura e pastagem, e a deficiência de ações de fiscalização por parte dos órgãos ambientais, contribui para a concentração do desmatamento”, destaca Roberta Rocha, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).

Houve aumento da destruição de mata nativa em todos os estados, informa o CicloVivo. Na Bahia, foram 225 mil hectares desmatados, 48% a mais do que em 2021. Maranhão e Tocantins registraram 168 mil e 83 mil hectares desmatados, respectivamente. Mas o maior aumento percentual ocorreu no Piauí, que saltou 115% em relação ao ano anterior, chegando a cerca de 152 mil hectares em 2022.

Embora 84% do desmate no MATOPIBA tenha sido em áreas de Cerrado, os estados da região também englobam áreas dos biomas Amazônia, Caatinga e Mata Atlântica. Assim, 12% da área desmatada em 2022 compreendeu a Caatinga; 3%, a Amazônia; e 0,9%, a Mata Atlântica. E a maior parte da área desmatada, cerca de 14%, foi registrada em março de 2022.

 

ClimaInfo, 28 de agosto de 2023.

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