Situação do país “é a própria definição de desastre”, disse ministro da saúde, Othman Abdel-Jaleel. Cadáveres continuam espalhados em vários hospitais à espera de identificação.
O ministro da saúde do governo dissidente do leste da Líbia, Othman Abdel-Jaleel, disse que 700 pessoas da cidade de Derna foram identificadas e enterradas e mais de 6.000 permanecem desaparecidas, após a passagem da tempestade Daniel, que provocou inundações e o rompimento de barragens na região. Já o governo central em Trípoli, capital do país, informou 1.900 mortos.
O conflito político no país dividido se reflete nos números da tragédia. Osama Ali, porta-voz da Autoridade de Emergência da Líbia, disse à Bloomberg que o número de mortos chegou a 2.300 e que mais 5.000 estavam desaparecidos. Já a administração dissidente disse que só em Derna são 3.000 mortos e 10.000 desaparecidos. O número de desaparecidos foi confirmado pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e pelo Crescente Vermelho, mas este último disse ter registrado 2.084 mortes, informa a Al Jazeera.
Vídeos de moradores de Derna mostram uma grande devastação, segundo a AP. Áreas residenciais inteiras foram destruídas ao longo de um rio que desce das montanhas pelo centro da cidade. Prédios de vários andares que antes ficavam bem afastados do curso d’água foram parcialmente cobertos pela lama.
Reuters, DW, Euronews, CNN, Financial Times, ABC, AP, France24, BBC e Guardian repercutiram a tragédia provocada pela tempestade Daniel na Líbia.
Em tempo: Chuvas incessantes causadas pelos restos do antigo tufão Haikui causaram mais de 100 deslizamentos de terra, prenderam cerca de 1.360 moradores em enchentes e mataram pelo menos sete pessoas no sul da China. Haikui atingiu o sul da China há oito dias e desde então foi classificado como tempestade tropical, mas as chuvas implacáveis continuam a inundar o sudoeste de Guangxi, informa a Reuters. As tempestades incessantes nos últimos três dias na maioria das áreas da cidade de Yulin causaram 115 deslizamentos de terra que destruíram estradas, arrancaram árvores, causaram inundações e levaram autoridades a emitir um alerta de emergência nas principais rodovias nacionais e provinciais.
ClimaInfo, 13 de setembro de 2023.
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