2023 nem acabou, mas já é ano com o maior número de desastres climáticos com impacto bilionário nos EUA, com 23 eventos extremos até agosto.
O verão dos extremos climáticos nos EUA está deixando um prejuízo histórico para trás. De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), já ocorreram 23 eventos climáticos extremos no país em 2023 com prejuízos de pelo menos US$ 1 bilhão cada. O número atual supera o recorde de 22 eventos registrados em 2020.
Por ora, o prejuízo total do clima extremo nos EUA soma mais de US$ 57 bilhões, e esse rombo certamente aumentará. A estimativa da NOAA não considerou a passagem da tempestade tropical Hilary no sudoeste dos EUA no final de agosto. Além disso, tem a obviedade do calendário: ainda estamos em meados de setembro, com pouco mais de três meses até o final do ano – tempo suficiente para novos eventos extremos.
“Estamos vendo as impressões digitais das mudanças climáticas em todo o país”, comentou o economista e climatologista Adam Smith, do NOAA, à Associated Press. “A exposição, a vulnerabilidade e as alterações no clima estão sobrecarregando cada vez mais esses fenômenos, [resultando] em desastres de bilhões de dólares”.
Com tanto desastre se acumulando, o governo norte-americano está ficando sem recursos para atuar em situações emergenciais. No mês passado, a administradora da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências, Deanne Criswell, alertou que o fundo para desastres poderá se esgotar até o final de setembro. O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu ao Congresso a liberação de US$ 12 bilhões para reabastecer o fundo – montante que pode ser insuficiente, a depender da quantidade de eventos extremos nos próximos meses.
A estimativa da NOAA foi destacada por veículos como Axios, CBS News, Grist, Guardian e Washington Post, entre outros.
ClimaInfo, 13 de setembro de 2023.
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