Saúde deve estar no coração de metas climáticas, defende OMS

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Análise da Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca impactos da mudança climática sobre a saúde e a necessidade de ações estruturais para enfrentar novos riscos.

A crise climática já é uma ameaça à saúde pública global, com o aumento de doenças cardiovasculares e respiratórias decorrentes da poluição e do calor extremo e da incidência de doenças transmitidas por vetores. Para a OMS, a resposta dos governos a esses novos desafios ainda é lenta e incompleta, o que expõe boa parte da humanidade a riscos crescentes de saúde.

A entidade divulgou nesta 5ª feira (23/11) um balanço sobre as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC) dos países sob o Acordo de Paris e seus reflexos sobre a saúde pública ao redor do mundo. A análise identificou avanços importantes na integração da saúde dentro da estratégia climática dos países.

Por exemplo, 91% das NDCs incluem agora considerações de saúde, acima dos 70% registrados em 2019. Em comparação com análises anteriores, os planos climáticos nacionais estão passando a contar com provisões, metas e políticas que incluem e promovem a saúde para mitigação e adaptação.

No entanto, o relatório também apontou para lacunas que precisam ser sanadas o quanto antes. Um dos pontos fracos é um velho conhecido dos profissionais de saúde: a poluição atmosférica, responsável por cerca de 7 milhões de mortes prematuras todos os anos. De acordo com a OMS, apenas 16% das NDCs possuem metas, medidas ou políticas para reduzir os índices de poluentes no ar.

“Os países fizeram progressos significativos no reconhecimento da ameaça das mudanças climáticas para a saúde humana e planetária nos seus planos nacionais, mas precisamos ver esses compromissos ampliados, intensificados e adequadamente financiados”, afirmou Maria Neiva, diretora de meio ambiente, clima e saúde da OMS.

A AFP abordou os principais pontos da análise da OMS sobre a integração da saúde aos planos climáticos nacionais.

 

ClimaInfo, 24 de novembro de 2023.

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