Após calor recorde, Colômbia declara emergência por causa de incêndios florestais

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Flickr via infobae

Onda de calor impulsiona incêndios florestais na Colômbia e fumaça cobre céu de Bogotá. Só em janeiro, foram registrados 204 focos, com 31 ainda ativos.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, declarou situação de desastre nacional por conta dos incêndios florestais que se proliferaram nas últimas semanas. A situação é intensificada por uma forte onda de calor que assola o país e mantém as condições favoráveis à ocorrência de focos de fogo.

Os incêndios estão espalhados principalmente no Norte e no Centro-Oeste do país, como mostram imagens da agência espacial norte-americana NASA publicadas pelo Infobae. Em Bogotá, a fumaça de um dos focos de incêndio, a leste da capital, cobriu os céus da cidade na última 4ª feira (24/1).

O calor intenso é reflexo do fenômeno El Niño, que interfere nos padrões climáticos ao redor do planeta. Mas a força da onda atual de calor surpreendeu cientistas e autoridades. De acordo com o governo colombiano, quase metade do orçamento reservado para gastos emergenciais para situações climáticas para o ano inteiro foi gasto só em janeiro.

A declaração de situação de desastre natural permitirá ao governo liberar recursos de outros itens do orçamento para ajudar nos esforços de combate aos incêndios. Além disso, Petro também confirmou a oferta de ajuda feita por países como Canadá, Chile e Estados Unidos, bem como o pedido colombiano por apoio da ONU. “Na medida em que sabemos que nos próximos dias e semanas os eventos de crise vão aumentar, queremos ter certeza de que temos a capacidade física para enfrentá-los e mitigá-los”, disse o presidente colombiano.

Desde novembro, as chamas consumiram mais de 3,5 mil hectares de vegetação, danificando irreparavelmente ecossistemas vitais e ameaçando a fauna e a flora nativas. Especialistas e ativistas ambientais pedem uma resposta rápida não apenas ao fogo atual, mas também uma preparação mais efetiva do poder público para evitar situações como essa no futuro – que, por conta da crise climática, podem ser bem mais frequentes, com ou sem El Niño.

AFP, Associated Press e Reuters também abordaram a situação dos incêndios florestais na Colômbia.

 

ClimaInfo, 26 de janeiro de 2024.

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