Revitalizado, Fundo Amazônia bate recorde de destinação de recursos em 2023

Fundo Amazônia destinação de recursos

Montante para projetos e chamadas públicas chegou a R$ 1,3 bilhão; fundo recebeu R$ 726 milhões, segundo maior valor desde sua criação em 2008. 

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o BNDES apresentaram na última 5ª feira (1º/2) o balanço financeiro do Fundo Amazônia em 2023. Os números são bastante positivos: depois de quatro anos paralisado, o valor destinado para projetos e chamadas públicas foi o maior dos seus 15 anos de existência – R$ 1,3 bilhão.

O Fundo captou R$ 726 milhões no ano passado, abaixo apenas do registrado em 2009, quando ultrapassou os R$ 800 milhões. Há ainda R$ 3,1 bilhões adicionais anunciados por governos parceiros em 2023 e em fase de negociação: R$ 2,4 bilhões dos Estados Unidos, R$ 245 milhões da Noruega, R$ 218 milhões do Reino Unido, e R$ 107 milhões da União Europeia e da Dinamarca, cada.

O governo do presidente Lula definiu a retomada do Fundo Amazônia como uma de suas prioridades políticas desde o primeiro dia de gestão, em janeiro do ano passado. De lá para cá, o governo angariou novas doações e recompôs o Comitê Orientador (COFA), dinamitado pelo inominável em 2019, o que permitiu a retomada das atividades.

“Passamos boa parte de 2023 recompondo o que tinha sido destruído. No caso do Fundo Amazônia, não só havia sido interrompido o processo de aporte de recursos e doações, todas as contratações, mas as equipes tinham sido desorganizadas, o PPCDAm [Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento na Amazônia] estava suspenso”, lembrou a diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello.

Nesses 15 anos, o Fundo Amazônia recebeu R$ 3,4 bilhões em doações. Os rendimentos sobre esse valor somaram R$ 2,6 bilhões, totalizando R$ 6 bilhões, conta ((o)) eco.

Estadão, Folha, g1, e Valor, entre outros, repercutiram essas informações.

 

 

ClimaInfo, 5 de fevereiro de 2024.

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