Proposta do governo em nova rodada de negociações realizada na semana passada não foi considerada satisfatória, e mobilização de servidores continuará enquanto contraproposta é elaborada.
No primeiro dia de 2024, servidores da área ambiental do governo federal iniciaram uma mobilização por valorização salarial e da carreira. Na 6ª feira (16/2), representantes da Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e do PECMA (ASCEMA) e dos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e da Gestão e Inovação (MGI) se reuniram para uma tentativa de acordo. Como isso não aconteceu, a paralisação continua.
A última mesa de negociação havia ocorrido em 1º de fevereiro, lembra a Folha. E de acordo com Cleberson Zavaski, presidente da ASCEMA, o próximo encontro somente irá ocorrer a partir da entrega de uma nova contraproposta do governo, o que deve ocorrer até 4ª feira (21/2).
“A proposta apresentada [pelo MMA e o MGI] ainda tem vários pontos que não atendem às reivindicações centrais da categoria. A mobilização de servidores vai continuar até que haja um acordo com o governo”, afirma Zavaski.
As reivindicações de um novo plano de carreira, aumento de salário e melhores condições de trabalho para agentes e analistas ambientais vêm ocorrendo desde o ano passado. Com a falta de retorno do governo, os servidores deram início à mobilização neste ano, informa o BNC Amazonas.
Atualmente, trabalhadores do IBAMA, ICMBio, Serviço Florestal Brasileiro e MMA estão realizando trabalho burocrático e deixando de lado ações externas, como fiscalizações em Unidades de Conservação e vistorias para concessão de licenças, explica ((o))eco. A maior reivindicação é por uma reestruturação da carreira, com equiparação aos salários da Agência Nacional de Águas (ANA), passando do atual valor inicial de R$ 8.817,72 para R$ 15.058,12.
Segundo levantamento da ASCEMA, o IBAMA aplicou 470 autos de infração em janeiro, uma queda de 70% em relação a igual mês de 2023, quando foram registrados cerca de 1.566 autos. Também houve redução de 52% na emissão de licenças ambientais no mês passado na comparação com a média de janeiro de 2023, detalha o Portal Marcos Santos.
ClimaInfo, 19 de fevereiro de 2024.
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