Brasil aproveita G20 para impulsionar biocombustíveis

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Jean Beaufort / PublicDomainPictures

A ideia do governo brasileiro é trabalhar em torno da Aliança Global de Biocombustíveis e ampliar discussões sobre bioenergia no G20 ao longo deste ano. 

O Brasil quer aproveitar sua presidência do G20 neste ano para ampliar as discussões internacionais em torno de biocombustíveis. A articulação, segundo o Valor, acontece no âmbito da Aliança Global de Biocombustíveis, lançada pelo Brasil na última cúpula do G20, com o apoio dos Estados Unidos e da Índia.

A ideia do governo brasileiro é aumentar a participação de atores governamentais e não governamentais dentro da iniciativa (hoje composta por 19 governos e 15 organizações internacionais), em especial a indústria de bioenergia. Um ponto que a Aliança pode abordar é a definição de critérios de sustentabilidade para os biocombustíveis.

“O G20 pode ser a oportunidade de resolvermos em nível técnico e científico várias questões que são levantadas sobre biocombustíveis. É um ano em que o Brasil também se prepara para a COP30 [em 2025 na cidade de Belém do Pará] e que eu espero que seja histórica”, disse o embaixador André Corrêa do Lago, secretário de clima, energia e meio ambiente do Ministério das Relações Exteriores.

Enquanto isso, as autoridades brasileiras se preparam para recepcionar os ministros da economia do G20 em encontro que acontecerá nesta semana em São Paulo. A reunião será a segunda da agenda ministerial do G20, aberta na semana passada com o encontro de ministros do exterior no Rio de Janeiro.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve aproveitar a ocasião para defender propostas para atacar a desigualdade entre os países e diminuir o endividamento das nações mais pobres. Uma das ideias é discutir a tributação sobre os “superricos” como um caminho para viabilizar novos recursos para o combate à pobreza e à fome e para a ação contra a mudança climática.

“A agenda de tributação da riqueza e da progressividade sobre a renda são essenciais para enfrentar os entraves econômicos da desigualdade e promover o crescimento econômico sustentável”, afirmou Haddad em entrevista ao jornal O Globo.

Sobre o Plano de Transformação Ecológica, apresentado no ano passado, Haddad quer colocá-lo como uma referência para as nações em desenvolvimento como um roadmap para a ação. “Defendemos uma alternativa realista, mas ambiciosa. Medidas regulatórias que orientem o setor produtivo no sentido da descarbonização e favoreçam o investimento em áreas na vanguarda da indústria e da tecnologia”, destacou o ministro.

Agência Brasil, Folha, Metrópoles, O Globo e Valor, entre outros, abordaram os planos do Brasil para a reunião de ministros da economia do G20.

 

 

ClimaInfo, 26 de fevereiro de 2024.

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