O presidente francês passará por Belém, na 1ª visita de um líder internacional desde que a cidade foi confirmada como sede da COP30 em 2025.
O presidente da França, Emmanuel Macron, desembarca hoje no Brasil (26/3) para uma visita de três dias. A delegação francesa passará por Belém do Pará, futura sede da COP30, onde Macron se encontrará com o presidente Lula e discutirá questões referentes ao meio ambiente e à proteção da Amazônia.
A visita é a primeira de Macron ao Brasil depois de ter protagonizado por diversas vezes crises diplomáticas durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O líder francês foi uma das vozes mais críticas ao desgoverno ambiental no país, em especial a alta do desmatamento e das queimadas da Amazônia. A passagem por Belém sinaliza que o governo da França segue interessado em ajudar o Brasil a proteger a maior floresta tropical do planeta.
Em Belém, Macron e Lula visitarão a Ilha do Combu, onde se encontrarão com lideranças indígenas locais. “Líderes da comunidade (de diferentes etnias, inclusive) estarão lá para ter uma conversa franca, aberta com os dois presidentes sobre seus desafios e as questões que eles enfrentam e como França e Brasil podem ajudá-los a ter uma vida melhor”, afirmou a embaixadora Maria Luisa Escorel, secretária de Europa e América do Norte do Ministério das Relações Exteriores.
O governador do Pará, Helder Barbalho, falou à CNN Brasil sobre a importância da visita de Macron à capital do estado, a primeira de um líder internacional desde que a cidade foi confirmada como futura sede da Conferência da ONU sobre o Clima de 2025 (COP30). “[Macron] poderá conhecer um estado da Amazônia, a Amazônia Brasileira, e claro, discutir as soluções que passam pela preservação da floresta e dos Povos da Floresta”, disse.
As autoridades paraenses querem aproveitar a passagem do presidente francês para discutir possíveis financiamentos a projetos de desenvolvimento sustentável e ação climática no estado. Mas a perspectiva de novos recursos é pequena: como destacou a Folha, apesar de um pedido do governo Lula, a França não planeja anunciar doação para o Fundo Amazônia. Segundo uma fonte do governo francês, Macron pretende utilizar outros tipos de instrumentos para doações e empréstimos a projetos na região amazônica, a partir de fontes públicas e privadas.
Entre os acordos que deverão ser firmados pelos dois líderes estão o protocolo de intenções de investimentos de cerca de R$ 100 milhões entre o BNDES, o Banco da Amazônia e a Agência Francesa de Desenvolvimento, e a implementação do Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica.
A agenda de Macron no Brasil foi abordada por diversos veículos, como CartaCapital, Correio Braziliense, Folha, Metrópoles, Poder360 e SBT, entre outros.
ClimaInfo, 26 de março de 2024.
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