Clima extremo: onda de calor causa suspensão de aulas nas Filipinas

onda de calor Filipinas
omanobserver.om

As autoridades filipinas suspenderam as aulas e outras atividades coletivas em virtude do forte calor experimentado nos últimos dias na maior parte do país asiático. 

O clima extremo volta a chamar a atenção nas Filipinas. Dessa vez, ao invés de fortes tufões, que se tornaram comuns nos últimos anos no país, o problema é uma intensa onda de calor que assola a maior parte das ilhas filipinas, inclusive a maior delas, Luzon. A junção de temperaturas superiores a 38ºC com uma alta umidade puxou a sensação térmica para mais de 42ºC.

Por causa disso, as autoridades filipinas decidiram suspender as aulas presenciais em diversas cidades do país, incluindo a capital, Manila. Além do fechamento das escolas, o governo recomendou que as empresas dispensem seus funcionários do trabalho presencial não emergencial, permitindo a realização de home office, se possível.

Os meses de março a maio costumam ser os mais secos do ano em boa parte das Filipinas. No entanto, os efeitos do fenômeno El Niño possibilitaram um aumento da umidade, o que potencializou o impacto do calor mais severo. Segundo a Bloomberg, a agência meteorológica filipina espera que 2024 seja um dos anos mais quentes já registrados no país, com temperaturas médias superiores ao recorde histórico de 1998, quando ela ficou em 28,3ºC.

“Os educadores e as autoridades locais foram forçados a tomar essa decisão extrema porque este calor excessivo prejudica a capacidade de concentração dos alunos em sala de aula, além de representar um risco à sua saúde”, comentou Alberto Muyot, coordenador da Save the Children nas Filipinas. “Precisamos tomar medidas urgentes agora para limitar o aquecimento a um máximo de 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais. Não fazer isso terá consequências dramáticas para a saúde, segurança e bem-estar das crianças”.

A AFP também repercutiu os impactos do calor extremo nas Filipinas.

Em tempo: O governo do Zimbábue decretou estado de desastre natural em virtude de uma forte seca que assola a porção central do sul africano. A falta severa de chuvas prejudicou a produção rural, o que encareceu os preços dos alimentos e dificultou o acesso à água. Segundo o presidente Emmerson Mnangagwa, mais de 80% do país recebeu chuvas abaixo do normal nos últimos meses. Em março, os vizinhos Zâmbia e Malawi também declararam situação de emergência por conta da seca, provocada pelos efeitos do El Niño. AFP, Associated Press, BBC, Bloomberg, Reuters e Sky News repercutiram a notícia.

 

ClimaInfo, 4 de abril de 2024.

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