Capacidade eólica mundial cresce 50% em 2023 com instalação recorde de 117 GW

16 de abril de 2024
capacidade eólica mundial cresce 50%
creativeart/Freepik

América Latina tem crescimento de 21%, destacado pelas novas instalações no Brasil, que totalizaram 4,8 GW e colocaram país como 3º maior mercado do mundo.

A indústria eólica global alcançou um marco histórico em 2023, mostra o relatório Global Wind Report, lançado pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, sigla em inglês) na 3ª feira (16/4). Foram instalados um recorde de 117 gigawatts (GW) em nova capacidade, o que representou um aumento de 50% em relação a 2022.

Da potência total instalada, 106 GW se referem a projetos terrestres, enquanto eólicas offshore totalizaram 10,8 GW de capacidade instalada, detalha a Reuters. Houve a instalação de plantas movidas pelo vento em 54 países, em todos os continentes.

A China liderou as novas instalações comissionadas no ano passado, contribuindo com 65% do total adicionado – 75 GW de nova capacidade. O número impulsionou um ano recorde para a região Ásia-Pacífico, com um aumento anual de 106%.

A América Latina também registrou um crescimento notável, com um aumento de 21%. O destaque ficou com as novas instalações no Brasil, que totalizaram 4,8 GW e colocaram o país como o 3º maior mercado globalmente, destaca o Valor.

O relatório destaca que o recorde de 2023 marca o início de uma era de crescimento acelerado, impulsionado pelo objetivo estabelecido na COP28 de triplicar as fontes renováveis de energia até 2030 para manter o aquecimento global limitado a 1,5°C sobre os níveis pré-industriais.

Por isso, o GWEC elevou sua previsão de crescimento para o período de 2024-2030 (1.210 GW) em 10%, em resposta à implementação de políticas industriais nacionais nas principais economias do planeta. Esse aumento deve ser impulsionado pelo desenvolvimento da energia eólica offshore e promete expansão nos mercados emergentes e economias em desenvolvimento.

edie, Energy Live News e Renews repercutiram os números globais da energia eólica.

Em tempo 1: O setor de energia eólica está se mobilizando no Senado para derrubar os jabutis (temas alheios à matéria) inseridos pelos deputados federais no projeto de lei 4.173/2023, que regula as eólicas offshore, informa o Valor. Entre eles estão dispositivos que beneficiam termelétricas movidas a carvão mineral e projetos de gás fóssil. A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum, disse que tem se articulado com os parlamentares e vai enviar uma carta para o relator da matéria, o senador Weverton (PDT-MA), e o presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com a proposta de retirar itens estranhos ao texto original.

Em tempo 2: O processo de desindustrialização na cadeia eólica brasileira ligou o alerta no setor neste início de ano, com a notícia de que mais fabricantes vão parar ou diminuir a produção devido à baixa demanda de contratos no mercado interno. A catarinense WEG optou por paralisar a linha de montagem, enquanto a alemã Nordex decidiu reduzir a produção, explica o Valor. Em março, a fabricante de pás Aeris encerrou o contrato com a Siemens Gamesa e anunciou medidas para adaptar suas linhas de produção e otimizar a capacidade produtiva. E a própria Siemens Gamesa hibernou as operações de sua fábrica em Camaçari (BA) em 2023 para ajustar sua estrutura produtiva.

 

 

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ClimaInfo, 17 de abril de 2024.

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