Seca histórica na Colômbia provoca corte no fornecimento de energia elétrica ao Equador

seca Colômbia
divulgação

As restrições hídricas na Colômbia impactaram o fornecimento de energia ao país vizinho, que declarou emergência no setor e definiu um “racionamento temporário” de eletricidade.

A crise hídrica na Colômbia virou um problema regional. Na semana passada, as restrições impostas pelas autoridades de Bogotá afetaram a exportação de eletricidade para o Equador, que depende em grande parte do país vizinho para suas necessidades elétricas domésticas.

O aperto acontece em um momento no qual os reservatórios de água, inclusive de usinas hidrelétricas, atingem seus piores níveis em décadas. De acordo com as autoridades colombianas, a média dos reservatórios no país não passa dos 30% da capacidade total. Por conta disso, a Colômbia decidiu suspender o fornecimento de eletricidade ao Equador.

O presidente equatoriano, Daniel Noboa, declarou emergência no setor elétrico e confirmou que o fornecimento de energia passará por um esquema de racionamento nas próximas semanas. Já na última 3ª feira (16/4), houve cortes de até três horas em diversas cidades do país. O governo também anunciou um corte de 50% da tarifa elétrica no período de racionamento, para aliviar os impactos das restrições.

A importação de eletricidade colombiana já acontecia por conta da baixa capacidade das usinas hidrelétricas do Equador, que passa por problemas há alguns anos. O acordo de compra de energia foi firmado na gestão do antecessor de Noboa, o ex-presidente Guillermo Lasso.

No entanto, a forte seca que atinge o noroeste da América do Sul, intensificada pelo fenômeno El Niño, forçou uma série de restrições no uso da água para evitar um colapso no abastecimento hídrico básico. As hidrelétricas colombianas, que respondem por 70% da geração elétrica do país, estão operando muito abaixo de sua capacidade. Por essa razão, o governo colombiano acionou todas as usinas termelétricas do país em sua capacidade máxima.

AFP, Associated Press, BBC e Reuters deram mais informações. Já na imprensa brasileira, a notícia foi abordada pela Agência Brasil, pela CNN Brasil, O Globo, entre outros.

 

ClimaInfo, 22 de abril de 2024.

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