Frequência e intensidade de incêndios florestais extremos mais que dobraram em 20 anos

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uilpa.it/Vigili Dei Fuoco

Novo estudo aponta que os seis anos com o maior número de incêndios extremos ocorreram nos últimos sete anos, e cientistas alertam para ciclo “assustador”.

Um novo estudo publicado na revista Nature aponta que 2023, o ano mais quente já registrado, também foi o mais extremo em relação a incêndios florestais. A pesquisa ainda mostra que a intensidade desses eventos duplicou desde 2003 e que os seis anos com maior número de incêndios extremos ocorreram nos últimos sete anos.

Os pesquisadores analisaram dados coletados por dois satélites da NASA de janeiro de 2003 a novembro de 2023 para quantificar como a atividade mudou ao longo do tempo. Foram identificados 2.913 eventos extremos em mais de 30 milhões de incêndios em todo o mundo, destaca a Folha.

“O fato de termos detectado um aumento tão grande em um período tão curto de tempo torna os resultados ainda mais chocantes”, disse Calum Cunningham, autor principal do estudo. “Estamos vendo as manifestações de um clima mais quente e seco diante de nossos olhos nesses incêndios extremos”, completou.

O número de incêndios extremos aumentou mais de dez vezes nos últimos 20 anos em florestas temperadas de coníferas, como no oeste dos Estados Unidos e no Mediterrâneo. Já nas florestas do norte da Europa e do Canadá, o aumento foi de sete vezes. Portugal, Austrália, Canadá, Chile, Indonésia, Sibéria e a Amazônia também estão na lista de países mais afetados, informa o Euronews.

O estudo também foi repercutido por Environmental Health News, Earth.comThe Conversation.

 

ClimaInfo, 27 de junho de 2024.

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