Mais de 60 milhões de brasileiros enfrentaram temperaturas extremas entre 22 e 25 de agosto, enquanto incêndios continuam a destruir ecossistemas florestais e zonas úmidas.
Com mais uma onda de calor atingindo boa parte do país nessas primeiras semanas de setembro e incêndios de Norte a Sul que não dão trégua, como fica a saúde da população brasileira? Muito mal, segundo o relatório “Extreme Heat and Fires Linked to Climate Change in Brazil”, divulgado pela Climate Central.
Segundo os pesquisadores, mais de 60 milhões de pessoas no país enfrentaram temperaturas extremas entre os dias 22 e 25 de agosto. Ao mesmo tempo, incêndios devastadores continuam a destruir ecossistemas florestais e zonas úmidas, afetando a saúde e perturbando a vida cotidiana, destacam EcoDebate, Roma News e Remador.
O calor que os brasileiros experimentam está claramente ligado às mudanças climáticas, com as altas temperaturas previstas sendo 5 vezes mais prováveis devido ao aquecimento global, causado principalmente pela queima de combustíveis fósseis, diz o estudo. Além disso, a fumaça dos incêndios no Pantanal e na Amazônia atingiu pelo menos 10 estados, bem como os vizinhos Bolívia, Paraguai e Peru.
“O Brasil está enfrentando temperaturas extremas, apesar de estar no meio do inverno. Essa dura realidade destaca o impacto claro das mudanças climáticas”, reforçou Andrew Pershing, VP de Ciência da Climate Central. Ele destacou a urgência da eliminação dos combustíveis fósseis para frear a crise climática.
“Enquanto continuarmos a queimar combustíveis fósseis, continuaremos a ver essas ondas de calor alarmantes e os incêndios florestais devastadores que elas alimentam”, completa.
Além do calor, condições severas de seca persistem em grande parte do Brasil, com impactos cada vez mais graves na agricultura e no abastecimento de água.
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ClimaInfo, 2 de setembro de 2024.
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