Tempestade mais poderosa a atingir a Ásia neste ano varreu o nordeste vietnamita e interrompeu o fornecimento de energia e as telecomunicações em várias regiões.
O supertufão Yagi deixou mais de 60 pessoas mortas ou desaparecidas no norte do Vietnã e no sul da China. Yagi foi o tufão mais forte a atingir o território chinês desde 1949, segundo a administração meteorológica do país, e é o 11º tufão da temporada até agora.
Yagi atingiu a costa nordeste do Vietnã no sábado (6/9). Ele interrompeu o fornecimento de energia e as telecomunicações em várias partes do país, principalmente em Quang Ninh e Haiphong, de acordo com um comunicado do governo, informa o Guardian. A tempestade também causou estragos na agricultura.
No Vietnã, inundações e deslizamentos de terra provocados pelo supertufão deixaram pelo menos 59 pessoas mortas ou desaparecidas. Já na província de Hainan, no sul da China, pelo menos quatro pessoas morreram. Quase um milhão de residentes foram evacuados na ilha e na província vizinha de Guangdong à medida que o tufão se aproximava, detalha a Bloomberg.
Yagi atingiu a China duas vezes na 6ª feira (6/9), primeiro chegando a Hainan e depois a Guangdong. O sistema era equivalente a um furacão de categoria 4 quando atingiu Hainan, considerado uma grande tempestade capaz de causar danos catastróficos. No domingo, Yagi foi rebaixado para depressão tropical, mas o Centro Meteorológico Nacional chinês informou que chuvas fortes ainda ameaçavam partes de Guangxi e Yunnan.
No Vietnã, o tufão chegou com ventos de 150 km/h, relata a Euronews. Na província montanhosa de Cao Bang, um ônibus com 20 pessoas foi arrastado para um riacho. Equipes de resgate foram enviadas, mas deslizamentos de terra bloquearam o caminho até o local.
Na província de Phu Tho, as operações de resgate continuavam após o colapso de uma ponte de aço sobre o rio Vermelho, que estava muito acima de seu nível habitual por causa das fortes chuvas. A precipitação variou entre 208 mm e 433 mm em várias áreas do país em apenas 24 horas.
BBC, Al Jazeera, Reuters, New York Times, France24 e DW também repercutiram as mortes e os estragos provocados por Yagi.
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ClimaInfo, 10 de setembro de 2024.
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