
A Comissão Europeia planeja flexibilizar regras sobre relatórios de sustentabilidade corporativa e transparência da cadeia de suprimentos. Os planos (Simplification Omnibus) fazem parte de um pacote mais amplo de reformas que visam a ajudar as empresas da União Europeia e também incluem incentivos para encorajar a indústria a descarbonizar e medidas para reduzir os custos de energia.
A flexibilização ocorre após muitas reclamações das empresas europeias de que regulamentações rígidas e burocracia prejudicam sua capacidade de competir globalmente. Por outro lado, os oponentes da nova iniciativa de desregulamentação dizem que ela “prejudica a responsabilidade corporativa”, destaca a Reuters.
A Comissão Europeia insiste que as mudanças propostas facilitarão a vida das empresas e não criarão incertezas para os investidores. Mas muitos não estão convencidos e estão preocupados com a direção que a UE está tomando, informa o SustainableViews.
A vice-presidente executiva para Transição Limpa, Justa e Competitiva da Comissão Europeia, Teresa Ribera, disse que a UE manterá suas metas climáticas, mesmo amenizando algumas das políticas verdes, relata o Financial Times, em matéria traduzida pela Folha. Ela prometeu mobilizar mais de €100 bilhões para apoiar a descarbonização industrial, inclusive por meio do Banco Europeu de Investimento.
Ribera reconheceu a existência de demandas regulatórias sobrepostas, redundantes ou contraditórias sobre as empresas da UE. Mas insistiu que um esforço da Comissão para cortar a burocracia não era uma desconstrução disfarçada do Acordo Verde do bloco, lançado em 2019.
“O que precisamos evitar é usar a palavra simplificação para significar desregulamentação”, disse Ribera. “Acho que a simplificação pode ser muito justa para ver como podemos facilitar as coisas.”
Globo Rural, Business Green, ESG Today e Forbes também repercutiram a proposta da Comissão Europeia.