
“Sabe uma colcha de retalhos que a gente começa fazendo de pedacinho e, de repente, está bem grandona? Pronto, isso aqui é uma pequena colcha de retalho que nós levantamos. Nos apoiando uma na outra”, comparação feita por Aldenize Maria da Silva, de 51 anos, sobre a horta popular e agroecológica Saber Viver, localizada na comunidade da Fazendinha, em Boa Viagem.
A horta comunitária é uma das cinco acompanhadas pela Escola Marias, a primeira escola de agricultura urbana para mulheres da periferia, iniciativa do Centro Sabiá com parceria do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
A expectativa é de que 100 mulheres se formem ao longo dos dois anos de curso. Ao todo serão quatro turmas de 25 alunas, uma por semestre. A terceira turma teve as atividades iniciais neste mês de março. O curso é dividido em dois módulos, um de produção e outro de transformação dos alimentos.
As estudantes vêm de territórios da Região Metropolitana do Recife que já desenvolvem trabalhos relacionado à luta por direitos e também já contam com assessoria do Centro Sabiá. “O projeto atende a mulheres das cinco comunidades onde o Sabiá atua. Não é um projeto aberto para o público geral, pois foi criado para fortalecer esses territórios”, afirma Simone Arimateia, assessora técnica do Centro Sabiá.