As autoridades paquistanesas ordenaram a retirada de mais de um milhão de pessoas das suas casas na província de Punjab nesta semana, depois da vizinha Índia liberar água de represas que transbordaram rios em regiões baixas da fronteira.
A medida ocorreu um dia depois de Nova Déli alertar Islamabad sobre as possíveis inundações, o primeiro contato diplomático público entre os dois países desde maio, destacaram Al-Jazeera e BBC. Três rios que deságuam em Punjab causaram inundações em mais de 1.400 vilarejos. A região é lar de metade da população do Paquistão e um grande produtor de trigo, arroz e algodão, informou a Reuters.
Segundo a Autoridade Nacional de Gestão de Desastres do Paquistão, equipes de resgates retiraram mais de 14 mil pessoas na cidade de Kasur. Outras 89 mil pessoas foram levadas para áreas mais seguras na cidade de Bahawalnagar, perto da fronteira com a Índia. Desde o final de junho, 819 morreram em decorrência das chuvas e inundações no país.
Autoridades afirmam que as mudanças climáticas são as responsáveis pelas enchentes recordes, que têm sido repetidas nos últimos anos. A Associated Press lembrou das inundações repentinas em 2022, que destruíram estradas, plantações, infraestrutura e pontes, matando pelo menos 1.000 pessoas.
Em tempo: Autoridades da China e do Nepal concordaram em compartilhar informações sobre os riscos de inundações causadas pelo degelo de lagos glaciais na região tibetana, em um esforço conjunto para reduzir mortes e danos. A decisão ocorreu cerca de um mês após um lago no topo de uma geleira nas montanhas da China ter se rompido, matando 11 pessoas. Até hoje 18 continuam desaparecidas. A notícia é do Climate Home.
