Em 2016, a China foi o maior mercado de carros elétricos do mundo, com mais 40% dos veículos elétricos vendidos globalmente. Mais de 336.000 novos carros elétricos foram registrados na China em 2016. A China também tinha o maior estoque de outros veículos, com mais 200 milhões de motocicletas e bicicletas elétricas, e mais de 300.000 ônibus elétricos.
O rápido crescimento econômico da China impulsionou um aumento substancial das compras de veículos nas últimas duas décadas. Em 2016, a China se transformou no maior mercado automotivo , com mais de 24 milhões de vendas anuais de veículos e, em 2014, o transporte foi responsável for 8,6% de emissões de dióxido de carbono na China.
O governo oferece incentivos financeiros generosos para acelerar essa indústria. As isenções fiscais nas compras de veículos elétricos variam de CNY 35.000 a CNY 60.000 (US$5.000 a US$ 8.000) e os veículos elétricos possuem requisitos de licenciamento mais leves em sete dos maiores centros urbanos, bem como benefícios locais, incluindo acesso a faixas de ônibus, carga gratuita e estacionamento.
Em 2009, o governo chinês executou projetos-piloto de larga escala em 10 cidade chinesas para impulsionar a substituição por veículos elétricos. O Programa Milhares de Veículos, Dezenas de Cidades (TVTC) atualmente foi expandido para 25 cidades, incluindo veículos de utilidade pública, priorizando ônibus, táxis e frotas do correio. Em 2014, o governo especificou requisitos mínimos para a compra de veículos elétricos por departamentos do governo e instituições públicas. Entre 2014 e 2016, 30% dos veículos adquiridos pelo governo central foram elétricos.
Até 2020, a China pretende instalar 4,3 milhões de pontos de carga privados para veículos elétricos, 0,5 milhões de pontos de carga públicos para carros e 850 estações de carga-rápida nas cidades , cobrindo mais de 12.000 cidades. Serviços públicos municipais locais já inauguraram mais de 27.000 estações de carga. O número de estações de carga públicas cresceu de 1.122, em 2010, para 150.000, em 2016, e as estações de carga privadas alcançaram o número de 300.000, em 2016.
As emissões automotivas foram as que mais contribuíram para a poluição local do ar, causando por volta de 300.000 mortes prematuras por ano na China. Em 2010, o custo do impacto da poluição do ar na saúde chinesa foi de aproximadamente US$1,4 trilhões, de acordo com um estudo. O transporte descarbonizado é crucial nos esforços para diminuir a poluição do ar.
As metas chinesas para o clima dependem do país gerar eletricidade de baixo carbono para alimentar sua frota elétrica, mas a eletricidade de alta intensidade de carbono da China (mais de 700g CO2/kWh) atualmente limita os benefícios dos veículos elétricos para as metas de emissões.