Os veículos elétricos vão adicionar novas posições em manufatura de baterias, infraestrutura de carga e futuras tecnologias automotivas. Mas a automação deve impactar milhões de funções de baixo custo, impulsionando os criadores de políticas a utilizarem novas medidas de assistência social para endereçar futuras perdas de rendimentos.
A indústria de veículos elétricos causará enormes mudanças nos empregos do setor automotivo. Os veículos elétricos vão criar vagas em manufatura de baterias, infraestrutura de carregamento e em futuras tecnologias automotivas. A Gigafábrica da Tesla planeja contratar mais de 10.000 pessoas em 2018, por exemplo, e a indústria de veículos elétricos espera criar um ganho líquido de empregos de 130.000 a 350.000 posições nos EUA até 2030, prevê um estudo realizado pelo Centro de Empreendedorismo e Tecnologia.
No Reino Unido, a indústria de veículos elétricos pode garantir até 320.000 vagas, dependendo do investimento do governo na indústria de carga e em treinamento de mecânica, de acordo com um relatório da Universidade de Loughborough. Nos EUA, entre 660.000 e 1,1 milhão líquido de vagas adicionais serão geradas até 2030, de acordo com um relatório da Cambridge Econometrics.
Porém os veículos elétricos vão requerer menos posições na fabricação em função do design mais simples do produto. Uma análise do Der Spiegel sugere que a substituição dos carros convencionais cortará aproximadamente 40% dos custos de manufatura dos componentes dos carros, com efeito cascata nos empregos. Muitos componentes-chave dos veículos elétricos, incluindo as células de bateria, pacotes e eletrônicos não serão mais montados pelos fabricantes de carros, mas adquiridos de fornecedores. Os empregos também serão afetados na área de reparos e serviços, já que os veículos elétricos requerem também menos manutenção.
Por exemplo, substituir os carros a gasolina cortaria mais de 426.000 empregos na fabricação de automóveis e 13% do valor de criação na cadeia de fornecimento na Alemanha até 2030, de acordo com um relatório da indústria. Na transição para a produção de veículos elétricos, a VW confirmou o corte de 30.000 posições até 2021, e com o tempo até 99.000 empregos nas fábricas globalmente.
Mudanças ainda maiores podem estar a caminho. A automação deve afetar de 2,2 a 3,1 milhões de vagas de motoristas de transporte de carga, ônibus e carros de serviço nos EUA, de acordo com um relatório publicado pelo Council of Economic Advisors da admisnitração Obama. Previsões de futuro ainda mais altas apontam cinco milhões de vagas de motoristas eliminadas em todo o país, incluindo 3,5 milhões de motoristas de caminhão norteamericanos.
Com a automação potencialmente substituindo 80% das vagas de motoristas mais baratas , mecanismos de remuneração e provisões assistenciais por perdas de rendimento e profissão serão necessárias para minimizar a desigualdade de salários, e a perspectiva de automação encorajou o Vale do Silício e os responsáveis pela criação de políticas a trabalhar na ideia de um salário básico universal (Universal Basic Income – UBI) para lidar com o desemprego associado a ela.